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A Justiça pernambucana negou pedido da defesa e manteve inalterada condenação de Sarí Corte Real a sete anos de prisão pela morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, filho de uma ex-empregada, que foi deixado sozinho por Sarí dentro do elevador. A criança subiu para a área da cobertura, de onde caiu.
Em julgamento nessa quarta-feira (2), a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco negou provimento aos embargos de declaração colocados pela defesa da ré. O órgão manteve a condenação, de novembro de 2023, pelo crime de “abandono de incapaz com resultado morte”, em regime inicialmente fechado.
Como cabia recurso, a ex-patroa continuava em liberdade. Ainda cabe recurso contra essa decisão colegiada.
O caso chocou o país. Em 2 de junho de 2020, durante a pandemia, a creche de Miguel estava fechada e ele teve que ir com a mãe, Mirtes Renata Santana, para o trabalho dela, no apartamento de Sarí Corte Real, em uma torre de luxo no centro do Recife.
A patroa ficou incomodada com os pedidos de Miguel para ficar com a mãe, que tinha recebido ordem para passear com o cachorro da família. Imagens do circuito interno do prédio mostram o menino deixado sozinho por Sarí dentro do elevador, antes de cair da cobertura.
Em entrevista recente à Agência Brasil, Mirtes, a mãe da criança, disse que acredita que o caso só terá uma conclusão depois que chegar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
Mirtes cita que a ex-patroa, mesmo condenada, tem o privilégio de não ter o passaporte apreendido, não atualizar informações sobre o endereço de residência e estar cursando medicina. A mãe de Miguel também lamentou que o processo trabalhista, que demanda indenização para ela, no valor de R$ 2 milhões, foi suspenso.
Nós não conseguimos contato com o advogado de defesa de Sarí Corte Real.
*Com produção de Luciene Cruz
Gabriel Corrêa* – repórter da Rádio Nacional , .
Fonte: Agencia brasil EBC..
Thu, 03 Jul 2025 14:26:00 -0300