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Os desafios mundiais de combate à pobreza, à desigualdade e à crise climática, além dos conflitos internacionais que se intensificam pelo mundo, foram os principais temas mencionados na cerimônia de abertura da Cúpula do G20, nesta segunda-feira. O discurso inicial foi feito pelo anfitrião, o presidente Lula, aos chefes de Estado das 19 maiores economias do mundo, mais a União Africana e a União Europeia, além de países convidados.
Todos esses líderes se reúnem até esta terça-feira no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Os presidentes das duas maiores economias do mundo estão presentes: Joe Biden, dos Estados Unidos; e Xi Jinping, da China. Dos países membros, apenas o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não veio ao Brasil; ele enviou o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, para representar o seu país.
Diante dos chefes de Estado do G20, o presidente Lula lamentou que o mundo esteja pior do que era há 16 anos, na primeira vez em que o bloco se reuniu:
“Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já registrada. Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta. As desigualdades sociais, raciais e de gênero se aprofundam, na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas.”
O presidente do Brasil aproveitou o discurso de abertura do G20 para lançar, oficialmente, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Essa iniciativa pretende promover programas de inclusão social e de segurança alimentar em escala mundial, com o objetivo de erradicar a pobreza do planeta até 2030.
“Segundo a FAO, em 2024, convivemos com um contingente de 733 milhões de pessoas ainda subnutridas. É como se as populações do Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá, somadas, estivessem passando fome.”
“Que esta cúpula seja marcada pela coragem de agir. Por isso quero declarar oficialmente lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.”
Todos os países membros do G20 aderiram à Aliança Global, inclusive a Argentina do presidente Javier Milei —que era o único membro do bloco que ainda não havia confirmado, e tomou a decisão já no contexto da Cúpula de Líderes. Com isso, a iniciativa já soma 82 países, além da União Africana e da União Europeia, nove instituições financeiras, 24 organizações internacionais, e 31 entidades não governamentais. A adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza permanece aberta, e os países que ainda não fazem parte podem aderir a qualquer momento.
maria.melo , .
Fonte: Agencia brasil EBC..
Tue, 19 Nov 2024 01:10:34 +0000