Saúde & Bem-estar

Alarmante: Mais de 10% dos Brasileiros Convivem com Diabetes

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Imagem de Myriams-Fotos por Pixabay

 

O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes Regional do Rio de Janeiro (SBD-RJ), o endocrinologista Daniel Kendler, ressalta que a rotina sobrecarregada das mulheres e a redução na produção do hormônio estrogênio durante a menopausa podem aumentar as chances de desenvolvimento da diabetes. Segundo Kendler, as mulheres, que representam mais da metade das principais provedoras financeiras das famílias brasileiras, estão cada vez mais sem tempo para uma dieta adequada e atividades físicas, o que contribui para o aumento dos casos de diabetes nesse público.

Uma pesquisa recente, chamada Vigitel Brasil 2023, mostrou que o diagnóstico de diabetes aumenta com a idade e o nível de escolaridade. Entre as pessoas com mais de 65 anos, 30,3% têm diabetes. Além disso, aqueles com menor escolaridade (entre 0 e 8 anos) apresentam o maior percentual da doença (19,4%).

O Brasil é o quinto país com maior incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados. A Sociedade Brasileira de Diabetes estima que o país possa subir para a quarta posição neste ranking. Cerca de 90% dos diabéticos brasileiros são do tipo 2, que pode ser causado por fatores hereditários ou relacionados ao estilo de vida.

A Sociedade Brasileira de Diabetes destaca a importância do acesso ao tratamento adequado para os pacientes. O tratamento do diabetes é crônico e requer monitoramento constante, compra de medicamentos, dieta controlada, atividades físicas e acesso a profissionais de saúde. O endocrinologista Daniel Kendler ressalta que os pacientes têm o direito de receber medicamentos e insumos necessários para o controle da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, data que busca chamar a atenção para a prevenção, diagnóstico precoce e controle adequado da doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu como tema deste ano a “Educação para Proteger o Futuro”, com o objetivo de melhorar o acesso à educação sobre o diabetes para profissionais de saúde e pessoas com a doença.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes promove a campanha Novembro Diabetes Azul durante todo o mês, com diversas atividades de conscientização sobre a doença, como corridas, ações educativas e mutirões de medição de glicose.

O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Levimar Araújo, destaca que o diagnóstico precoce é fundamental para um bom cuidado do diabetes. Pessoas com cintura abdominal aumentada, histórico familiar da doença e gestantes são consideradas grupos de risco e devem ser valorizadas em relação aos exames.

O diabetes é uma doença crônica caracterizada pela produção ineficiente ou resistência à insulina, hormônio responsável pelo controle da glicose no sangue. Além dos cuidados com a alimentação e medicação, o controle inadequado da glicemia pode resultar em complicações como retinopatia diabética, insuficiência renal crônica, neuropatia periférica, doenças cardiovasculares e complicações em gestantes.

O Ministério da Saúde oferece seis medicamentos gratuitos para o tratamento do diabetes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de reestruturar a rede de atenção primária à saúde para o monitoramento da glicemia. No Congresso Nacional, tramita um projeto de lei que classificará o diabetes tipo 1 como deficiência física para garantir o atendimento adequado nas escolas.

É fundamental que a população tenha acesso a informações sobre o diabetes e que as escolas estejam preparadas para lidar com os estudantes que possuem a doença. A conscientização e o conhecimento são essenciais para o controle e prevenção do diabetes, uma doença que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo.

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