Nesta segunda-feira (27), o Brasil começa a aplicar as doses bivalentes da vacina contra a covid-19. Diferente dos imunizantes anteriores monovalentes, esta fórmula da Pfizer protege contra o vírus original (descoberto em Wuhan) e contra as cepas descendentes da variante Ômicron. Basicamente, é a versão atualizada, como ocorre anualmente com a da gripe (influenza).
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No momento, o estoque de doses das vacinas bivalentes ainda é limitado. Dessa forma, o uso será direcionado exclusivamente para os grupos de risco, como idosos. Independente disso, vacinas monovalentes da covid-19 ainda estão disponíveis para a população em geral, podendo ser usadas em doses de reforços. Apesar da nova versão, os outros imunizantes ainda são eficazes contra casos graves.
Quem pode tomar a vacina bivalente da covid-19?

Neste primeiro momento, as vacinas bivalentes serão aplicadas como dose de reforço — com quatro meses de intervalo — apenas em pacientes brasileiros que integram algum grupo de risco. A partir de hoje, os seguintes grupos já podem receber a vacina bivalente no Sistema Único de Saúde (SUS):
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- Pessoas com 70 anos ou mais;
- Pacientes imunocomprometidos, como aqueles que vivem com órgãos transplantados ou têm HIV;
- Indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Na próxima fase de vacinação — prevista para o mês de março —, o uso das vacinas bivalentes irá se estender para pessoas com 60 a 69 anos. Em seguida, serão incluídas gestantes e puérperas. Em abril, as doses serão liberadas para os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e funcionários de hospitais.
“Essas populações, do que a gente tem nesses três anos de pandemia, são as pessoas que mais sofreram e mais sofrem com a doença. É importante termos um planejamento porque não tem vacina suficiente para incluir toda a população com a bivalente. A tendência é que, com o passar do tempo, a gente vá aumentando os grupos que vão receber”, afirma Juarez Cunha, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, para a Agência Brasil.
Doses de reforço contra a covid-19
Vale explicar que as vacinas bivalentes são somente aplicadas como doses de reforço, ou seja, após as duas vacinas do esquema primário ou o imunizante de dose única (Janssen). Dependendo da cidade brasileira, já está disponível até a terceira dose do reforço (quinta dose), que pode ou não ser feita com o imunizante atualizado.
Por exemplo, na cidade de São Paulo, a quinta dose pode ser aplicada em pacientes com alto grau de imunossupressão com 18 anos ou mais. Agora, a segunda dose do reforço (quarta dose) está disponível para todos os adultos, além de adolescentes com 12 anos ou mais e imunossuprimidos.
Embora tenha vacina na Unidade Básica de Saúde (UBS) para todos esses grupos, hoje, apenas os imunossuprimidos e idosos com mais de 70 anos podem receber a vacina bivalente da Pfizer. Para identificação, é o frasco com a tampa cinza.
Antes de ir até uma UBS se vacinar, é importante checar quais os critérios de vacinação na sua cidade, já que existem variações na estratégia de imunização entre os municípios. A checagem pode ser feita através do telefone. |
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Fonte: Canaltech