Após a campanha de vacinação contra a poliomielite (pólio), cerca de 65,6% das crianças de 1 a 4 anos foram imunizadas contra a doença. O índice alcançado é 30 pontos percentuais abaixo da meta considerada segura (95%) para que a doença não retorne ao país. Este deve ser encarado como um sinal de alerta no Dia Nacional da Vacinação, celebrado nesta última segunda-feira (17).
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Entre o início da campanha de vacinação contra a poliomielite em agosto e hoje, cerca de 7,6 milhões de doses do imunizante foram aplicados em crianças com menos de 5 anos. No momento, muitos estados ainda dsitribuem doses do imunizante nos pequenos, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Desde o dia 7 de agosto, temos feito um apelo à nação brasileira para que levem suas crianças com menos de 5 anos para completar o esquema vacinal da pólio. A meta é de 95% de cobertura vacinal, das cerca de 15 milhões de crianças que são aptas a receber essas vacinas”, afirmou o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em coletiva de imprensa.
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Meta de vacinação contra a poliomielite no Brasil
No momento, apenas um estado brasileiro alcançou a meta de imunizar 95% da população pediátrica contra a poliomielite no Brasil. O líder nacional em imunizações é a Paraíba. A seguir, confira quais são os 5 primeiros colocados, em ordem decrescente:
- Paraíba: 96% das crianças de 1 a 4 anos estão imunizadas contra a poliomielite;
- Amapá: 90,81%;
- Alagoas: 83,43%;
- Santa Catarina: 82,12%;
- Pernambuco: 80%.
Por outro lado, estes são cinco estados que menos vacinaram as crianças contra a pólio no Brasil, em ordem crescente:
- Roraima: 33,23% das crianças de 1 a 4 anos estão imunizadas contra a pólio;
- Acre: 35,7%;
- Rio de Janeiro: 41,08%;
- Distrito Federal: 47,94;
- Pará: 49,41%.
Importância da imunização no Dia Nacional da Vacinação
No Brasil, o problema da vacinação não parece estar associado apenas à poliomielite. Segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a taxa geral de vacinação está em queda no país. Em 2021, a cobertura para as vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) foi de 59,50%. Em 2011, era 85,31%.
Para justificar o cenário, uma das explicações possíveis é que muitas das doenças estão erradicas há anos e, por isso, já deixaram de ser temidas pelas novas gerações. Por exemplo, no caso da pólio, o último paciente da paralisia infantil foi identificado em 1989 e, no ano de 1994, o país recebeu o certificado de erradicação da doença.
No entanto, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) lembra que “mesmo que esses vírus não circulem como antes, essas doenças ainda fazem vítimas em outros lugares do mundo. Com a globalização, as pessoas passam por vários continentes em uma única semana, se não estiverem vacinadas, elas podem trazer as doenças para o Brasil e transmitir para as pessoas que não estão imunizadas”.
Qual é a vacina da pólio?
Atualmente, o Calendário de Vacinação Nacional, do SUS, orienta que crianças de 5 anos devem ter recebido 5 doses da vacina contra a poliomelite. Para isso, deve ser seguido o esquema:
- Vacina injetável (VIP) contra a pólio: uma dose é aplicada aos 2, 4 e 6 meses;
- Vacina oral (gotinha/VOP): uma dose é aplicada aos 15 meses e a outra aos 4 anos.
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Fonte: Canaltech
