Saúde & Bem-estar

“Impressão digital” do cérebro prevê transtornos mentais em crianças e jovens




Os biomarcadores do cérebro podem prever de forma eficaz o desenvolvimento cognitivo e futuros problemas psiquiátricos em crianças e jovens. A afirmação vem de um estudo conduzido pela Georgia State University e publicado na revista científica Nature Mental Health na última segunda-feira (6).

Para chegar a isso, os pesquisadores analisaram os dados de 9 mil crianças de até 11 anos. O grupo diz que a conectividade de rede funcional de uma criança é robusta e estável, com elevada semelhança entre exames e pode servir como uma “impressão digital” do cérebro, o órgão mais misterioso do corpo humano.

Essa marca única de cada cérebro pode transportar informações biologicamente significativas, especialmente durante a adolescência, que é um período de mudanças significativas no cérebro. Dito isso, a variabilidade da conectividade funcional pode prever uma ampla gama de comportamentos das crianças, incluindo cognição, saúde mental e condições de sono.


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Na ocasião, a equipe de pesquisa foi capaz de prever com precisão uma série de condições ou resultados, incluindo desempenho cognitivo e problemas psiquiátricos. Os pesquisadores também conseguiram prever as condições de sono e o uso da tela com base na estabilidade da conectividade de rede funcional.

“Indivíduos com maior variabilidade de conectividade de rede funcional tendem a ter menor desempenho cognitivo e mais problemas de saúde mental”, afirmam os pesquisadores.

Conectividade funcional prevê riscos

O comunicado divulgado pela própria universidade ainda cita um segundo estudo, publicado na Biological Psychiatry, em que os pesquisdores revelaram que a conectividade funcional da rede contém informações relevntes para avaliar os riscos psiquiátricos.

“Marcas” do cérebro ajudam a prever futuros problemas psiquiátricos (Imagem: Aew/Rawpixel)

Como parte do estudo, os pesquisadores desenvolveram uma pontuação de risco cerebral que aponta as diferenças da conectividade de um indivíduo saudável e as de alguém com transtornos mentais.

Essa pontuação revelou padrões de conectividade para cada transtorno psiquiátrico em mais de 8 mil adolescentes, variando de baixo a alto risco. Trata-se, então, de uma ferramenta capaz de avaliar a vulnerabilidade psiquiátrica ao longo do tempo.

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Fonte: Canaltech

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