Saúde & Bem-estar

OMS aponta 4 doenças que ameaçam a saúde e devem ser controladas nas Américas




OMS aponta 4 doenças que ameaçam a saúde e devem ser controladas nas Américas - 1

No momento, as Américas são ameaçadas por quatro emergências de saúde, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) — o braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre as doenças que mais causam preocupação na região, estão: cólera, varíola dos macacos (monkeypox), covid-19 e poliomielite.

É o que alertou a diretora da OPAS, Carissa Etienne, em coletiva de imprensa na última quarta-feira (12). No entendimento da especialista, duas das ameaças à saúde — a covid-19 e a monkeypox — apresentam tendência de queda, mas ainda representam um risco para as Américas.

“Devemos trabalhar rapidamente com as ferramentas que temos à mão para controlar essas quatro emergências de saúde que ocorrem nas Américas hoje”, reforça Etienne.


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Quatro doenças ameaçam à saúde nas Américas, segundo a OMS (Imagem: Pressmaster/Envato Elements)

Primeira ameça à saúde: cólera

No momento, a cólera como ameça à saúde está concentrada no Haiti. Passados três anos do último caso relatado da infecção bacteriana, o país enfrenta um novo surto. No momento, já foram confirmados 23 casos da doença e 18 mortes. Além disso, outros 260 casos estão em investigação. Quase 25% das vítimas são crianças de 1 a 4 anos, segundo levantamento da OMS.

“O ressurgimento da cólera no Haiti é um lembrete da rapidez com que as doenças podem se espalhar. Afinal, há alguns meses, o Haiti estava prestes a ser declarado livre da cólera”, pontua a diretora da OPAS.

Segunda ameça à saúde: monkeypox

Outra emergência de saúde que ameça as Américas é a monkeypox. Desde o início do surto atípico, mais de 45 mil pessoas foram oficialmente diagnosticadas com esta infecção viral na região. No momento, o continente concentra 63% dos casos relatados globalmente, sendo que 95% dos casos relatados são em homens e 56% estão associados com pessoas que convivem com o HIV.

“A propagação da varíola parece estar diminuindo, mas mais de 2,3 mil novos casos foram relatados nas Américas na semana passada. A maioria deles estava nos Estados Unidos, mas centenas foram relatadas no Brasil, Colômbia e México”, explica Etienne. Ontem (12), São Paulo confirmou a sua primeira morte pela doença.

Para contornar o surto, a Opas intermediou a compra das primeiras doses de vacinas contra a varíola dos macacos. Inclusive, este acordo permitiu que o Brasil recebesse as primeiras doses do imunizante na semana passada.

Terceira ameça à saúde: covid

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Covid, monkeypox, cólera e poliomielite são as quatro doenças que causam preocupação nas Américas (Imagem: DC_Studio/Envato Elements)

Diferente do que prega o senso comum, a covid-19 ainda é uma preocupação e as Américas ainda não viraram a página da pandemia. “Na semana passada, tivemos mais de 178 mil novos casos oficialmente relatados na região”, conta diretora da OPAS.

Por outro lado, a tendência é de queda nos novos casos da doença e este pode ser encarado como “um sinal encorajador de que podemos estar passando da fase aguda da pandemia para uma fase de controle sustentado”, pontua Etienne.

No momento, os países devem continuar a investir em vacinação, testagem de casos e na vigilância epidemiológica — o que nos manterá atualizados sobre novas variantes de preocupação (VOCs), como foi a Ômicron e suas descendentes.

Quarta ameça à saúde: poliomielite

Por fim, a diretora da Opas destaca o risco da volta da poliomielite. “Além dos Estados Unidos, que notificaram um caso de pólio no início deste ano, quatro países em nossa Região — Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru — estão com um ‘risco muito alto’ de transmissão da pólio”, afirma Etienne.

Por risco muito alto para o retorno da pólio, a OMS indica que a cobertura vacinal de crianças está muito baixou e/ou falta vigilância epidemiológica sobre a doença. No caso brasileiro, a última campanha de imunização contra a poliomielite foi concluída com uma cobertura estimada em 60%, enquanto a meta é 95%.

“A pólio é uma doença terrível que deve ficar no passado. Com vacinas eficazes e décadas de experiência em imunização, temos o poder de mantê-la lá”, completa a porta-voz da OMS.

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Fonte: Canaltech

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