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Por que não conseguimos fazer cócegas em nós mesmo?




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Para brincar e rir um pouco, nada melhor que uma boa dose de cócegas. Elas nos fazem rir e, às vezes, ficamos até sem ar. Só que dificilmente fazemos isso em nós mesmos, sozinhos. Agora, uma pesquisa alemã descobriu o porquê disso: cócegas são menos divertidas quando não envolvem uma segunda pessoa, ou seja, aquele que faz. É o que se comprovou em experimento com sessões de cócegas que foram gravadas.

Publicado na revista científica Philosophical Transactions of the Royal Society B, o estudo sobre o porquê não conseguimos fazer cócegas em nós mesmos foi liderado por pesquisadores da Universidade de Humboldt, na Alemanha.

“Nosso estudo fornece uma nova visão sobre a natureza das cócegas humanas e os efeitos limitados das cócegas em si mesmo”, explicam os autores. Aqui, vale destacar que outras espécies também sentem as cócegas e podem rir, como golfinhos, chimpanzés e cachorros.


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Experimento descobre que não conseguimos fazer cócegas em nós mesmos (Imagem: Prostock-studio/Envato)

Estudo buscou entender se era possível fazer cócegas em nós mesmos

No estudo alemão, os pesquisadores reuniram 12 voluntários para serem testados, em duplas, sobre os efeitos das cócegas no corpo humano. Os participantes sentaram em cadeiras com os pés e as axilas livres, o que facilitaria o trabalho de quem fosse fazer as cócegas. Além disso, a pessoa que estivesse sentada era gravada por duas câmeras, com o objetivo de registrar suas reações.

No primeiro teste, os cientistas queriam registrar os efeitos das cócegas tradicionais, ou seja, alguém faria esses movimentos que provocam o riso em sua dupla. Através das imagens, foi possível identificar que:

  • 300 milissegundos depois: a pessoa que recebe as cócegas muda de expressão facial — um sorriso se forma no rosto — e o ritmo da respiração é alterado;
  • 500 milissegundos depois: as vocalizações, na forma de uma risada, começam a ser emitidas pelo indivíduo.

“O tempo e as propriedades acústicas das vocalizações se correlacionavam diretamente com os relatos subjetivos: quanto mais rápido, mais alto e mais agudo os participantes riam, mais forte eles avaliavam a sensação de cócegas experimentada”, detalham os autores do estudo.

O efeito é outro quando fazemos cócegas em nós mesmos

Agora, os resultados do segundo teste foram completamente diferentes. Quando fazemos cócegas em nós mesmos, os cientistas explicam que as risadas começam a ser emitidas mais tarde e o indivíduo as classificam como menos intensas e divertidas.

Para os autores do estudo, a explicação sobre essa impacto controlado das cócegas está no cérebro. Isso porque, em tese, ele envia sinais inibindo e reduzindo a sensação de prazer associada a cócegas quando nos tocamos.

Onde as pessoas sentem mais cócegas?

Revisando pesquisas anteriores sobre as cócegas, os autores apontam que os seguintes locais do corpo são os mais sensíveis:

  • Sola do pé;
  • Axila;
  • Pescoço;
  • Queixo.

No entanto, algumas pessoas podem fugir a essa regra e, em alguns casos, até podem provocar casos de riso intensos ao se provocar cócegas. Isso porque o fenômeno ainda não é completamente compreendido pela ciência.

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Fonte: Canaltech

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