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Repelentes contra dengue são tóxicos para pets?




Repelentes contra dengue são tóxicos para pets? - 1

Para se proteger da picada do mosquito da dengue, é comum que as pessoas usem repelentes. Apesar de serem aprovados para uso humano, os produtos químicos, dermatologicamente testados e eficazes em repelir o Aedes aegypti, são tóxicos para os pets, incluindo cachorros e gatos.

Embora o repelente de mosquitos seja tóxico para animais, em especial quando ingerido ou inalado, é possível usá-lo com segurança dentro de casa, desde que sejam adotadas algumas medidas de proteção. Essas ações buscam reduzir o risco de intoxicação nos pets.

Repelente de mosquito e animais

“Temos diversas apresentações [de repelentes] no mercado, como sprays, cremes e aerossol de uso ambiente”, afirma Paloma Caleiro, médica veterinária e membro da equipe do pronto-socorro do Veros Hospital Veterinário, em nota.


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Entre as fórmulas usadas para repelir o mosquito da dengue, estão os repelentes à base de DEET ou de icaridina. Independente do tipo, “todos podem levar a um quadro de intoxicação [do animal]”, alerta a especialista. Na maioria das vezes, o risco está relacionado com a ingestão acidental.

Reduzindo o risco dos repelentes

Não é recomendado passar repelentes de insetos, desenvolvidos para o uso humano, em creme ou spray, nos animais. Afinal, cachorros e gatos podem lambê-los e acabar ingerindo essas substâncias químicas, o que pode tlevar a complicações graves.

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Repelente contra a dengue pode causar intoxicação em cachorros e gatos, em caso de ingestão ou inalação (Imagem: Towfiqu barbhuiya/Unsplash)

“Animais tendem a lamber produtos, assim como os bebês tendem a colocar tudo na boca”, lembra a médica veterinária. Então, é fundamental manter esses produtos longe do alcance dos pets. Inclusive, os repelentes podem ser tóxicos para crianças, caso ocorra a ingestão.

No caso dos repelentes aerossol, a orientação é retirar os pets do ambiente antes da aplicação. “Eles têm o olfato muito mais sensível do que o nosso e a inalação deste produto pode causar, além de intoxicação, irritação da parte respiratória”, explica Caleiro.

Sintomas de intoxicação em animais

Após a exposição acidental ao repelente de insetos, os sintomas mais comuns de intoxicação em gatos e cachorros são:

  • Vômitos;
  • Salivação excessiva;
  • Tremores;
  • Diarreia;
  • Fraqueza;
  • Convulsões;
  • Perda de consciência.
  • Tosse;
  • Espirros incessantes;
  • Dificuldade respiratória;
  • Língua arroxeada ou mais escura.

Em caso de algum desses sintomas, “não se deve medicar o animal em casa, nem dar alimentos, sucos ou leite”, orienta a profissional. “A indicação é buscar atendimento emergencial veterinário, já que cada segundo conta para salvar a vida do pet e qualquer medicação ou alimento dado a mais pode interferir negativamente no trabalho do veterinário”, pontua.

Cachorro e gato “pegam” dengue?

Diferente dos seres humanos, os cães e gatos não são infectados por nenhum dos quatro sorotipos da dengue. Por outro lado, eles podem desenvolver a dirofilariose, outra doença transmitida pelo Aedes aegypti.

A zoonose é provocada por um nematódeo popularmente conhecido como verme do coração dos cães (Dirofilaria immitis). Outras espécies também podem ser transmitidas pelo mosquito e, na maioria das vezes, afetam o sistema circulatório do animal. Para a proteção, há fórmulas próprias para os animais.

Proteção contra a dirofilariose

Para a proteção dos animais, a veterinária conta que estão disponíveis coleiras repelentes, sprays, pipetas, odorizadores de ambiente, com concentrações específicas para o porte do animal, reduzindo a probabilidade de intoxicação.

O uso dessas alternativas é recomendado quando os pets vão estar ou moram em locais com alta probabilidade de contato com esses vetores, como mosquitos. Em média, as coleiras duram de 2 a 4 meses, enquanto a aplicação tópica pela pipeta precisa ser reforçada a cada 30 dias para manter a proteção.

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Fonte: Canaltech

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