Saúde & Bem-estar

Tocar instrumentos musicais ou cantar melhora a memória na velhice




Tocar instrumentos musicais ou cantar melhora a memória na velhice - 1

Pesquisadores indicam que tocar um instrumento musical ou cantar em um coral são atividades ligadas a uma melhor memória e habilidades cognitivas na velhice. O piano, em especial, faz bem para o cérebro de quem já passou dos 40 anos, segundo a Universidade de Exeter, cujos cientistas revisaram dados de mais de mil adultos e de suas experiências com música.

Para a análise, foi investigada a saúde cerebral dos pacientes, incluindo os processos mentais envolvidos no planejamento, memória, foco e alternância entre tarefas, conjunto que conhecemos como “funções executivas”. Quem tocava algum instrumento atingiu uma pontuação mais alta, e os que cantavam também apresentaram mais saúde no órgão, mas os cientistas afirmam que o fator social de pertencer a um grupo também pode ajudar nessa performance.

Benefícios da música no cérebro

Segundo os cientistas, manter uma mente musical pode ser uma maneira de aproveitar a agilidade e resiliência do cérebro, o que é chamado de “reserva cognitiva”. Embora pesquisas mais profundas sejam mais necessárias, a pesquisa recomenda a promoção da educação musical como uma iniciativa de saúde pública valorosa na promoção da saúde cerebral e sua proteção, bem como o encorajamento de idosos a retornar à música na idade avançada.


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Tocar instrumentos e cantar faz bem para o cérebro, mas o aspecto social da prática também é importante (Imagem: hoeldino/Pixabay/Domínio Público)
Tocar instrumentos e cantar faz bem para o cérebro, mas o aspecto social da prática também é importante (Imagem: hoeldino/Pixabay/Domínio Público)

Para quem já apresenta demência, atividades musicais em grupo mostram benefícios consideráveis, e, para quem ainda é saudável, o risco de doenças degenerativas é proativamente reduzido. Os resultados são semelhantes aos vistos quando é tocada música para pacientes com demência, sugerindo uma conexão entre ambas as atividades — a prática e o consumo de música.

Ela pode ser uma forma de se comunicar com tais pacientes, especialmente quando são incluídas músicas com as quais a pessoa tinha conexão mais jovem quando já está em estágios avançados da doença.

Poder produzir ou tocar música, tanto cantando quanto praticando um instrumento, pode continuar até mesmo quando pessoas com demência severa já perderam outras habilidades e meios de comunicação. Segundo os cientistas, pode ser benéfico manter os instrumentos por perto ou mesmo as partituras, incentivando a prática. É mais uma das benesses do que agrada os nossos ouvidos — e faz uma massagem cerebral muito bem-vinda.

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Fonte: Canaltech

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