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Lares onde há comida suficiente e de qualidade para todos os moradores são considerados com segurança alimentar. E essa é a realidade de quase 76% das famílias brasileiras, um avanço em relação ao índice anterior de 73%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este 16 de outubro é o Dia Mundial da Alimentação. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para mobilizar governos e instituições de todo o mundo em torno do direito humano à alimentação adequada.
O Brasil vem cumprindo a meta das Nações Unidas. No ano passado, o país saiu novamente do mapa da fome da ONU, onde ficam as nações com mais de 2,5% da população em insegurança alimentar grave.
A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento Social, Valéria Buriti, explica que a conquista foi resultado de políticas econômicas e sociais adotadas pelo governo federal.
“Essa conquista é fruto direto das políticas implementadas pelo governo do presidente Lula. O plano Brasil Sem Fome articulou várias ações para garantir acesso à renda, proteção social e também a produção e o consumo de alimentos adequados e saudáveis. Além disso, o país tem uma política econômica que garantiu o crescimento, com queda do desemprego, aumento da renda dos mais pobres e controle da inflação dos alimentos.”
Nesta semana, o presidente Lula participou em Roma, na Itália, da segunda reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, da qual o Brasil faz parte. Durante o encontro, o presidente destacou que acabar com a fome exige vontade política.
“A fome não é um problema econômico. A fome é um problema político. Se houver interesse político dos governantes do mundo inteiro, se encontrará um jeito de colocar o café da manhã, o almoço e a janta para o povo pobre do mundo inteiro.”
Mas o cenário nem sempre foi positivo. Em 2021, durante a pandemia de covid-19, o país voltou ao mapa da fome por causa do aumento da pobreza e das mudanças nas políticas públicas.
O diretor executivo da ONG Ação da Cidadania, Kiko Afonso, relembra o período.
“A gente passou, no governo anterior, por uma piora muito significativa em relação aos investimentos nas políticas públicas de segurança alimentar e assistência social, chegando a 33 milhões de pessoas em situação de fome no Brasil e 160 milhões de brasileiros em algum grau de insegurança alimentar. São dados absolutamente assustadores, que fizeram com que a gente percebesse a importância dessas políticas públicas.”
O Brasil é um dos líderes da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada no ano passado. O grupo já conta com 200 países e tem metas ambiciosas: até 2030, garantir transferência de renda para 500 milhões de pessoas e ampliar o acesso à alimentação escolar de qualidade para mais 150 milhões de crianças.
Dayana Vitor – Repórter da Rádio Nacional , .
Fonte: Agencia brasil EBC..
Thu, 16 Oct 2025 09:28:00 -0300