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Cientistas aguardam confirmação da possível árvore mais velha do mundo no Chile




Cientistas aguardam confirmação da possível árvore mais velha do mundo no Chile - 1

Uma árvore da família dos ciprestes localizada no sul do Chile pode receber em breve o título de mais velha do mundo. Apelidada de “Gran Abuelo” (Grande Avô), cientistas acreditam que sua idade ultrapasse os 5.000 anos, superando a marca de 4.850 de um pinheiro na Califórnia, atual detentor do recorde.

Com um tronco de 4 metros de diâmetro e uma altura de 28 metros, o Gran Abuelo habita uma floresta na região de Los Rios, a 800 quilômetros da capital chilena de Santiago. A árvore foi descoberta em 1972, quando o guarda florestal Anibal Henriquez patrulhava o interior do parque nacional em que ela vive.

Possivelmente a árvore mais velha do mundo, o Gran Abuelo, ou Grande Avô, tem 28 metros de altura e um tronco de 4 metros de diâmetro (Imagem: Gonzalo Zúñiga Solís/Wikimedia Commons)
Possivelmente a árvore mais velha do mundo, o Gran Abuelo tem 28 metros de altura e um tronco de 4 metros de diâmetro (Imagem: Gonzalo Zúñiga Solís/Wikimedia Commons)

Henriquez gostaria de manter o cipreste patagônico em segredo, temendo pela sua segurança. Hoje, porém, o Gran Abuelo é uma atração turística, levando diversas pessoas a andarem por cerca de uma hora até alcançá-lo. Para garantir que não haja danos à árvore, o parque aumentou o número de guardas patrulhando sua região. O pinheiro da Califórnia, conhecido como “Matusalém,” não tem sua localização revelada ao público.


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O Grande Avô e sua família

Em 2020, o pesquisador Antonio Lara e Jonathan Barichivich — sobrinho de Henriquez — puderam extrair uma amostra do tronco da árvore, sendo capazes de contar 2.400 anos de idade. Como a amostra não chegou ao centro dela, os outros 2.600 foram estimados usando técnicas de dendrocronologia, ciência que estima a idade de árvores a partir dos anéis no tronco.

Estudar a amostra ainda pode dar detalhes sobre o que aconteceu no ambiente durante toda sua história. Incêndios florestais e terremotos — inclusive o maior registrado na história, em 1960 — já atingiram a região ocupada pela árvore.

Imagem antiga do cientista Jonathan Barichivich e o Grande Avô (Imagem: Jonathan Barichivich/Divulgação)
Imagem antiga do cientista Jonathan Barichivich e o Gran Abuelo (Imagem: Jonathan Barichivich/Divulgação)

Anibal e Jonathan não são os únicos parentes a prezar pelo Gran Abuelo. Nancy Henriquez, filha do guarda que encontrou o cipreste, é hoje uma das responsáveis por garantir sua segurança e longevidade. Os primos acreditam que o espécime possui um valor inestimável e Jonathan espera publicar em breve seus estudos que atestam sua idade.

Para ele, o importante não é quebrar o recorde, mas o que o Gran Abuelo significa. “As árvores antigas possuem genes e uma história muito especiais, sendo um símbolo de resistência e adaptação,” afirma o cientista.

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Fonte: Canaltech

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