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20 anos de Gmail | A “pegadinha” que mudou o e-mail para sempre

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Publicar um anúncio num 1º de Abril sempre levanta dúvidas sobre o fato de ser uma pegadinha ou não. Há 20 anos, em 1º de abril de 2004, o Google publicou uma nota que foi interpretada como piada por algumas pessoas, mas era real e acabou por revolucionar o jeito de usar a internet: a chegada do Gmail.

O cliente de e-mail do Google era bom demais para ser verdade — além de gratuito, incluía uma ferramenta de pesquisa entre conversas e trazia 1 GB de armazenamento, um número incrível para a época, quando concorrentes como o Hotmail (da Microsoft) e o Yahoo Mail disponibilizavam respectivamente 2 MB e 4 MB.

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Anúncio de lançamento do Gmail em 1º de abril de 2004 (Imagem: Reprodução/Google)

Além disso, a empresa tinha o costume de anunciar pegadinhas de 1º de Abril, o que deu o benefício da dúvida para muita gente. Em outros anos, por exemplo, a Gigante das Buscas havia anunciado uma vaga para um escritório na Lua e uma função para “arranhar e cheirar” na pesquisa.


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Porém, a mensagem de 2004 era bem real e o Gmail entraria em testes a partir dos próximos dias. O produto era centrado em pesquisa, armazenamento e velocidade, com a promessa de que as pessoas poderiam encontrar rapidamente qualquer mensagem trocada na plataforma, sem a necessidade de deletar a caixa de entrada para abrir espaço a mais e-mails.

Repercussão

Após a confusão do 1º de abril, o Gmail rapidamente se tornou uma sensação entre os usuários, que corriam atrás de convites para criar uma conta por lá. Parecia inimaginável usar um serviço com 1 GB de armazenamento, capaz de coletar até 500 mil páginas de e-mail (de acordo com a própria empresa), enquanto outros clientes traziam tão pouco espaço.

A novidade, inclusive, não foi muito bem recebida pela concorrência: de acordo com o livro In The Plex, de Steven Levy, Bill Gates achou estranho oferecer tanto espaço assim, pois não haveria muito o que guardar para preencher todo o armazenamento ­— vale lembrar, naquela época, o Hotmail trabalhava com uma cota de apenas 2 MB por usuário, o que resultava em muitas limpezas da caixa de entrada.

A pesquisa do Gmail era outro fator que impressionava, com base na mesma estrutura usada pelo buscador. Era possível localizar mensagens a partir de palavras-chave e outros filtros adicionais, como tempo ou a conta destinatária, e aos poucos outras plataformas de e-mail adotaram as mesmas funções.

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Uma das primeiras telas de login do Gmail (Imagem: Reprodução/Web Design Museum)

Legado

O Gmail pavimentou uma nova forma de usar clientes de e-mail na internet — recursos como pesquisa avançada e espaço maior de armazenamento se tornaram funções básicas para os produtos oferecidos no mercado. Além disso, é possível creditar ao Gmail até mesmo a ascensão de serviços de armazenamento na nuvem: veteranos devem se lembrar de extensões para navegador que facilitavam a troca de arquivos entre um computador e o Gmail, comportamento que provavelmente foi percebido pelo Google como um nicho a ser explorado (o Google Drive seria lançado em 2012).

Na última década, o e-mail perdeu força com a ascensão dos mensageiros instantâneos como WhatsApp, Messenger e Telegram, mas ainda é muito relevante para registrar informações importantes e documentos antigos. Basta notar quantas informações do dia a dia podem ser encontradas por lá: confirmações de compra, lembretes de voos, envio de contratos, newsletters e muito mais.

Além disso, o Gmail tem um papel importante no ecossistema do Google, frequentemente usado como forma de login em outras plataformas.

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Fonte: Canaltech

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