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O Enfermeiro da Noite | Conheça a história do assassino que matava em hospitais

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O Enfermeiro da Noite | Conheça a história do assassino que matava em hospitais - 1

O Enfermeiro da Noite estreou como um dos filmes mais aguardados da Netflix. Baseado em uma história real e dirigido pelo vencedor do Oscar, Tobias Lindholm, o longa conta a história de Charles Cullen, um enfermeiro que confessou ter matado mais de 40 pessoas ao longo de anos de trabalho em vários hospitais.

A obra é baseada no livro homônimo de Charles Graeber e conta como Cullen, considerado um bom amigo e um excelente profissional, matou todas essas pessoas de forma silenciosa.

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O Enfermeiro da Noite é baseado em uma história real. (Imagem:Reprodução/Netflix)

O filme foi escrito por Krysty Wilson-Cairns (Penny Dreadful) e traz no elenco Eddie Redmayne no papel do protagonista e Jessica Chastain dando vida à enfermeira Amy Loughren, que ajudou a desmascarar os crimes do enfermeiro.


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Vale lembrar que o longa é narrada sob o ponto de vista de Amy, que trabalhava junto de Cullen e, inclusive, criou um laço de amizade com ele antes de saber de seus crimes.

A história real de Charles Cullen

Nascido nos Estados Unidos em 1960, Charles teve uma infância e adolescência difíceis, com diversas tentativas de suícidio. Após abandonar os estudos no ensino médio, se alistou na Marinha, onde fez o curso de enfermagem.

Seu primeiro emprego como enfermeiro foi no hospital Saint Barnabas Medical Center de Nova Jersey, em 1987, um ano antes de matar seu primeiro paciente: um juiz internado na sala de emergência. Cullen confessou ter administrado uma dose letal de medicação por via intravenosa.

Como seu ato não teve consequências e ninguém descobriu seu crime, continuou matando pacientes até deixar o hospital quatro anos depois, quando as autoridades começaram a investigar as bolsas de medicação contaminadas. Cullen confessou ter matado pelo menos 11 pessoas naquele hospital.

Como a polícia desconfiou que havia algo errado?

Após algumas mortes sem explicação acontecerem no hospital, a polícia local começou uma investigação e descobriu que as bolsas intravenosas dos pacientes estavam adulteradas, apresentando uma quantidade a mais de glicose.

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Cullen matava os pacientes adulterando as bolsas de medicação intravenosa. (Imagem:Reprodução/Netflix)

Esse era o modo como Cullen matava os acamados, praticamente sem tocá-los. Ele adulterava as bolsas injetando soro fisiológico misturado com insulina ou digoxina para matá-los por overdose.

Apesar das investigações, sempre que as ações de Cullen eram descobertas, ele era demitido, mas as autoridades dos hospitais não o denunciavam à polícia.

Após perder seu primeiro emprego, rapidamente conseguiu trabalho em outro, o Hospital Warren, e, assim, continuou suas matanças.

A negligência dos hospitais

De acordo com o livro de Graeber, Cullen cometeu assassinatos por mais de 15 anos, matando em diversos hospitais diferentes. Sempre que ele era descoberto, os advogados e os diretores dos hospitais preferiam apenas demiti-lo e não o denunciavam para que ele não fosse acusado de homícidio culposo.

Ao menos cinco hospitais ocultaram os atos do enfermeiro, e a situação só mudou quando ele começou a trabalhar no hospital Somerset Medical Center.

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Amy Loughren foi a principal responsável por desmascarar Cullen. (Imagem:Reprodução/Netflix)

Lá, ele conheceu Amy Loughren, que acabou virando sua colega, mas que, pouco a pouco, começou a desconfiar do seu comportamento e de que houvesse alguma razão por trás das mortes misteriosas. Desse modo, ela se tornou uma informante da polícia e auxiliou nas investigações que duraram seis meses.

Em entrevista à imprensa dos Estados Unidos, ela disse que sentiu orgulho ao se ver representada no filme da Netflix, O Enfermeiro da Noite.

“Assistir ao filme me deu permissão para ter orgulho de mim mesma. Eu apareci como mãe. Apareci como enfermeira. Apareci como amiga. A única razão pela qual Charlie parou de matar foi por causa da minha amizade com ele.”

O que aconteceu com Charles Cullen?

Após reunirem provas suficientes, a polícia decretou a prisão de Cullen em 2003. Mesmo depois de preso, Amy foi essencial para conseguir a confissão do enfermeiro, pois ambos mantiveram contato e ela foi visitá-lo na prisão diversas vezes.

Atualmente, Charles está cumprindo pena de prisão perpétua. Ele admitiu ter cometido 29 assassinatos, mas posteriormente disse aos investigadores que matou 40 pessoas. No entanto, pesquisas realizadas por estudiosos e pelo próprio autor do livro apontam que o Enfermeiro da Noite pode ter matado mais de 400 vítimas.

O que pensa Charles Cullen?

Em 2013, o Anjo da Morte — como ficou conhecido — deu uma entrevista ao programa 60 Minutes e revelou que sabia que o que estava fazendo era errado, mas não pretendia parar caso não fosse descoberto. Ele também disse que não sabia explicar porque matava as pessoas.

“Não há justificativa. A única coisa que posso dizer é que me senti sobrecarregado na época. Parecia que precisava fazer alguma coisa, e fiz. E isso não é resposta para nada.”

O que é verdade no filme O Enfermeiro da Noite?

Toda a trama da produção é bem fiel à história real, retratando as situações com o máximo de verossimilhança possível. No entanto, a fim de evitar expor as vítimas, a roteirista Krysty Wilson-Cairnsseus preferiu que seus nomes fossem trocados.

Quem está no elenco de O Enfermeiro da Noite?

Para dar vida à essa história verídica, foram escalados além de Eddie Redmayne e Jessica Chastain, Noah Emmerich, Kim Dickens e Nnamdi Asomugha. A produção ficou com Darren Aronofsky (Mãe!).

O Enfermeiro da Noite pode ser assistido na Netflix.

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Fonte: Canaltech

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