Esportes

Especial no Museu do Futebol relembra 1° mundial do Brasil




Foto: Reprodução/Instagram

Quando a bola começar a rolar na Copa do Mundo da Rússia, as atenções de todo o mundo estarão voltadas ao futebol. A seleção brasileira mais uma vez ingressa no torneio como favorita, status de quem é pentacampeã e participou de todas as edições. Contudo, nem sempre foi assim, e esse é o mote da exposição “A Primeira Estrela: o Brasil na Copa de 1958”, no Museu do Futebol a partir de 05 de junho. A instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo vai celebrar o maior evento do planeta relembrando os feitos da primeira conquista do mundial, conectando-a com o momento atual.

Montada no piso térreo, em um espaço com 220 metros quadrados, a instalação audiovisual e interativa proporcionará um mergulho no clima da Copa de 1958 e das transformações que ela trouxe ao futebol e ao país. Registros da concentração da seleção em Poços de Caldas (MG) feitos pelo fotojornalista Antonio Lúcio, cenas das partidas e do cotidiano brasileiro e depoimentos de seis campeões mundiais (Pelé, Nilton Santos, Bellini, Joel, Didi e Vavá), décadas depois do ocorrido, dão o tom da narrativa. As entrevistas foram retiradas do material dos cineastas João Moreira Salles e Arthur Fontes, do fim dos anos 1990, e alguns trechos são inéditos ao público.

Para trazer a emoção da primeira vitória brasileira em Copas, a partida final de 1958, entre Brasil e Suécia, será exibida em uma instalação audiovisual projetada no antigo túnel de acesso dos jogadores ao gramado do Estádio do Pacaembu. O filme é uma montagem de vários trechos recolhidos por diferentes TVs europeias que transmitiram o torneio, mixados com trechos de locuções de rádio no Brasil. A montagem foi um trabalho de garimpo feito por Carlos Augusto Marconi, apaixonado pela seleção brasileira.

“A Copa de 1958 não foi transmitida pela televisão no Brasil. Então, ‘A Primeira Estrela’ é uma chance de as pessoas verem o que o país só ouviu pelo rádio. É uma chance de conectar passado, presente e futuro, tendo como elos a beleza e a emoção que o futebol proporciona”, afirma Eric Klug, Diretor Executivo do IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, organização social responsável pela gestão do Museu do Futebol.

O visitante verá a Taça Jules Rimet em uma vitrine virtual e poderá interagir com uma cena de 1958, um modo de entrar virtualmente no contexto daquela Copa. Os 22 convocados e membros da comissão técnica da seleção do futebol-arte, dentre os quais Pelé e Garrincha, dupla que começou naquela Copa sem ter perdido uma partida, serão homenageados e estamparão a fachada do Estádio, que recebe o nome do chefe da delegação daquela seleção: Paulo Machado de Carvalho.

Celebrando a Copa e conectando passado e presente, o museu também fará intervenções na sua exposição principal, tais como a inclusão da seleção de 2018 na Sala Anjos Barrocos, a exibição da camisa histórica de 1958 que foi do jogador Moacir, além de chuteiras que pertenceram a ídolos de seleções mais recentes, como Daniel Alves, Kaká, Dida, Thiago Silva e Ronaldinho Gaúcho. Haverá também uma sala especialmente preparada para exibição dos jogos do mundial, com novas interatividades.

Serviço

Visitação: 05 de junho a 09 de setembro de 2018

Museu do Futebol: Praça Charles Miller, S/N São Paulo, SP

Funcionamento: Terça a domingo, 9h00 às 18h00 (bilheteria até as 17h00)

Ingressos: R$ 12 | Meia-entrada: R$ 6 | Entrada gratuita às terças-feiras.

* O Museu não abre às segundas-feiras.

* Horários diferenciados de funcionamento em dias de jogos no Estádio do Pacaembu. Consulte o site museudofutebol.org.br.

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