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A tática do Manchester United é falha e proveitosa




A tática do Manchester United é falha e proveitosa - 1

Analisar o Manchester United ou até apenas acompanhar tem sido lastimável. O técnico, Ole Gunnar Solskjaer vem sendo criticado por fãs, mídia e analistas em geral. É o pior início da história da Premier League do Red Devils desde que passou a ser disputada neste formato, em 1992.

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O seu esquema de jogo é o famoso 3-5-2, usado bastante por vários técnicos italianos. O problema está no fato da ineficácia de alguns jogadores do United. Andreas Pereira conseguia infiltrar na defesa do Liverpool com facilidade e acionava principalmente Daniel James, mas surgia o problema: ambos os jogadores achavam no direito de resolver a partida esquecendo que Marcus Rashford muitas vezes se deslocava e podia receber a bola sem tranquilidade.

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Assim, a habilidade de armar o ataque se dava também pela ineficiência de concluir. Quando viram que o problema era justamente esse citado anteriormente, os diabos vermelhos abriram o placar. Vale dar um belo destaque para Daniel James, o garoto de 21 anos tem sido eficaz tanto na transição de ataque como para defesa. Afinal, foi ele que teve a visão de jogo de distribuir um passe-quase-cruzamento perfeito para Rashford dar uma tapinha e balançar as redes.

A ineficácia defensiva nos minutos finais custa caro

É importante falar e admitir que o Liverpool estava com um time bom, mas o meio-campo andava desatento. Ainda na primeira etapa, Pereira acionou James, mas vale destacar que havia um buraco naquele setor, o jogador que deveria estar marcando era Andrew Robertson. Ao passar Van Dijk, o brasileiro achou um espaço perfeito para distribuir a bola para seu companheiro e ameaçar os Reds.

E sim, o Liverpool tentou, teve anulação de gols. Chegaram até brincar que quem vencia o time comandado de Jürgen Klopp não era o United, e sim o VAR.

Pelo lado do United, Lindeldolf fez uma partida desprezível, diga-se de passagem. O sueco teve desatenção, o que deu espaço para Mané oferecer diversos perigos. Rashford no segundo tempo sofreu da mesma maldição que Fred e seus demais companheiros de ataque: a maldição de querer resolver sozinho. O que estou querendo dizer é que o treinador norueguês montou a equipe da melhor forma, substituiu bem, todavia, o erro também deve-se anotar para a mentalidade dos jogadores do United.

Com uma zaga tão desarrumada, a jogada de empate do Liverpool teve nove jogadores do United contra três na pequena área. Para piorar, Lallana estava na frente de Ashley Young. Entretanto, ele estava olhando apenas a bola e não percebeu o posicionamento do rival livre para empatar.

Saldo da partida: apesar de ótima compactação, com nove jogadores compondo a defesa, notou-se (e não só no lance de igualdade do placar), mas como em diversas partes do jogo uma desatenção em recompor e marcar com atenção. Ainda há muito que melhorar, mas um empate contra o líder do campeonato não foi um péssimo sinal para o lado vermelho de Manchester.

Fonte: 90min

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