”Maravilhoso”. Foi assim que o técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, definiu o ano do Grêmio após o clube garantir, na noite deste domingo, uma vaga direta à fase de grupos da próxima Libertadores. Pois, muito embora o Tricolor esteja no G-4 do Campeonato Brasileiro, tenha se sagrado campeão gaúcho e chegado às semifinais da Copa do Brasil e da Libertadores, o 2019 do clube, na opinião do torcedor, ficou bem aquém do esperado. E com razão.
A equipe azul tem, sim, um dos maiores orçamentos do país e foi eliminada da Copa do Brasil por um Athletico-PR que, nem de perto, possui a pujança gremista. Na Libertadores, mesmo com investimentos em cima de nomes como Diego Tardelli, a campanha parou de forma “indigna”, como bem expressou o presidente Romildo Bolzan Júnior ao falar sobre o 5 a 0 sofrido diante do Flamengo. E, no Brasileirão, jamais o time esteve perto de lutar pelo título – no momento, 25 pontos o separam do Fla, líder e já campeão.
Renato, o “melhor futebol do Brasil” não vingou. O Grêmio, se não decepcionou, também não empolgou. O clube alcança o final da temporada com muitas interrogações em sua formação titular, com algumas carências graves de plantel e sem um troféu de expressão. O, ano, definitivamente, não foi “maravilhoso”. Este adjetivo serve, por exemplo, para o Fortaleza de Rogério Ceni, que ganhou o Estadual e a Copa Nordeste e chega às rodadas finais do Brasileirão sem risco de rebaixamento (o que é um feito para quem vinha da segunda divisão), com um lugar entre os disputantes da próxima Copa Sul-Americana e podendo sonhar até com Libertadores.
Os gremistas tiveram uma expectativa frustrada e não comungam, em boa parte, das ideias do seu treinador. É hora de rever conceitos e buscar corrigir os erros, que foram maiores que os acertos. Do contrário, é possível que 2020 seja novamente melhor para o Fortaleza do que para o Grêmio. Claro, tudo dentro de seus devidos parâmetros.
Fonte: 90min
