Cruzeiro acumula prejuízo com Angulo e tenta “boicotar” repasse a empresários

Foram quatro meses de empréstimo, entre março e julho. Neste período, o atacante Iván Angulo não entrou em campo uma vez sequer com a camisa do Cruzeiro. Como o contrato previa uma possibilidade de retorno ao Palmeiras caso este desejasse, foi preciso desfazer a parceria, que só gerou ônus à Raposa.

Muito embora o Verdão tenha ficado responsável pelo pagamento dos salários e encargos trabalhistas do atleta, era o Cruzeiro quem cobria os direitos de imagem. Desembolsando R$ 70 mil mensais, acumulou ‘prejuízo’ de R$ 280 mil. Além disso, como destaca o Uol Esporte, a comissão de R$ 100 mil aos agentes André Cury e Felipe Russo também seria de responsabilidade dos mineiros, com base em acordo firmado ainda pelo Núcleo Dirigente Transitório, grupo de gestores que antecedeu a administração de Sérgio Santos Rodrigues. Só que este último valor não deve ser pago – ao menos é o desejo do Cruzeiro.

O clube, aliás, lamentou a perda. “O Palmeiras exerceu um direito firmado no contrato de empréstimo, realizado no início deste ano junto à gestão que administrava o clube anteriormente, o que, infelizmente, impossibilita a atual diretoria de realizar qualquer tipo de ação. O clube lamenta a obrigatoriedade da cláusula, mas respeita o contrato firmado à época entre as partes. Desta forma, o Cruzeiro agradece ao jogador pela dedicação, empenho e profissionalismo nos treinamentos”, diz nota emitida pela assessoria de imprensa celeste. Angulo, de 21 anos, foi anunciado em 16 de março, um dia após a paralisação do calendário do futebol mineiro por conta da pandemia de coronavírus.

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Fonte: 90min