Futebol

Carille e a insistente nostalgia do Corinthians




Carille e a insistente nostalgia do Corinthians - 1

No fim do ano de 2016, mais precisamente no dia dezoito de dezembro, o Corinthians surpreendia a muitos e anunciava o “calouro”  Fábio Carille, que no ano de 2017 debutaria como técnico  de uma equipe profissional sob olhares desconfiados da Fiel. Sabe-se que a primeira passagem do treinador pelo clube paulista foi digna de roteiro de filme hollywoodiano. O Corinthians, apontado por grande parte da imprensa como a quarta força do futebol paulista, se sagrou campeão do estadual e ainda conquistou o Campeonato Brasileiro, quebrando recordes e terminando o primeiro turno de forma invicta.

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Carille deixou o Corinthians atraído por uma proposta milionária do Al Wehda, um clube da Arábia Saudita, e após sua saída nenhum treinador se firmou no comando da equipe corintiana. Osmar Loss e Jair Ventura fizeram trabalhos desatrosos a frente do time. Dado tais circunstâncias, o alvinegro repatriou Carille, que voltou com status de ídolo e salvador da pátria.

A conquista de mais um título do campeonato paulista, eliminando a sensação Santos de Sampaoli e posteriormente batendo o São Paulo na final com um gol heróico de Vagner Love no fim da partida, aumentou ainda mais a grife de Carille e a esperança do torcedor. Porém, o estilo de jogo apresentado pela equipe é decepcionante e vem gerando a cada dia inúmeras críticas acerca de seu trabalho.

O futebol proposto pelo técnico é de um time reativo, que valoriza muito a defesa e muitas vezes jogadores talentosos como Pedrinho são subaproveitados e sacrificados afim de manter o esquema tático utilizado. A impressão que se tem é que o Corinthians faz o mínimo para vencer, se ganhar incrível mas se jogar mal e empatar não é tão ruim assim.

Jogadores de qualidade não faltam para o elenco. Pode-se citar no setor defensivo Fagner e Gil que já foram convocados diversas vezes para a Seleção Brasileira. No meio campo, surgem bons nomes como o habilidoso Pedrinho e o excelente Ralf. E no ataque, Vagner Love e Bosseli seriam titulares de diversas equipes da elite do futebol brasileiro.

Fábio Carille continua no Corinthians pela nostalgia dos títulos que já ganhou, que foram realmente impressionantes, mas não passa disso. O treinador se perdeu, não possui variedades táticas suficientes para fazer sua equipe criar jogadas de ataque e não está sabendo aproveitar as ótimas peças que tem em mãos. O que se vê é um Corinthians apático, que se preocupa apenas em não sofrer gols pois sabe que dificilmente conseguirá fazê-los aos montes.

​O questionamento que fica é de que até quando a diretoria vai bancar um treinador apenas pelos seus feitos no passado?

Fonte: 90min

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