A CBF formou um grupo de trabalho para montar um plano de desenvolvimento para o futebol feminino do Brasil. Só que ex-integrantes deste grupo afirmam que a entidade simplesmente ignorou os apontamentos, mantendo administradores e técnicos que fracassaram em seus resultados.
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Cristiane extremamente lendária criticando a cbf e as coordenações lixos do futebol feminino no brasil e choca os fãs da capitã amiga do vadao
— Liv 🇺🇲🇳🇱 (@Harmohere) July 17, 2019
As ex-atletas da seleção Juliana Cabral, Márcia Taffarel e Leda Maria, além da pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande Silvana Goellner, que também fez parte da iniciativa, encabeçam as críticas. “A pífia participação de nossa seleção no Mundial (caiu nas oitavas de final para a França depois de ficar em dificuldades na fase de grupos) e o silêncio da CBF sobre as necessárias alterações no comando administrativo e técnico do futebol feminino são reveladores do quanto as mulheres ainda são pauta secundária na agenda política da instituição”, disseram, com exclusividade, ao Uol Esporte.
Segundo elas, Marco Aurélio Cunha (coordenador) e Vadão (técnico) “não chegaram ontem à instituição”. O dirigente, mesmo fazendo parte do movimento para estruturas a modalidade, teria deixado de lado as seguintes recomendações: criação de um departamento específico do futebol feminino na CBF, metodologia de trabalho para orientação do futebol feminino, realização de um curso específico para treinadoras, normatização das competições organizadas por terceiros e chanceladas pela CBF, implantação de campeonatos de base sub-17 e sub-20 com apoio de um plano de marketing, criação de um sistema de cadastramento e monitoramento de atletas vinculadas às seleções, criação de metodologia de trabalho para direcionamento e orientação geral nas diferentes categorias do futebol feminino, aprimoramento da categoria sub-15, pesquisa nacional na busca por um diagnóstico sobre número de praticantes, equipes etc.
eu queria ter o poder de mudar o futebol feminino aqui no brasil
— kwdryo ren 🏳️🌈 (@borenmia) July 17, 2019
Procurada, a CBF rebateu as críticas e garantiu que este comitê se apresentou como uma iniciativa relevante para o aperfeiçoamento dos processos da entidade. “Trata-se de um plano contínuo para ajuste dos processos, muitos já finalizados e outros tantos em evolução”, disse. Segundo a entidade, tanto no que se refere a competições quanto a seleções, “há notória evolução, o que não retira da CBF a prerrogativa e a responsabilidade de fazer um permanente acompanhamento para implementar as soluções em busca dos melhores resultados”.
Fonte: 90min
