Ao anunciar a chegada do atacante Rossi, o Bahia reforçou que seus tempos de coadjuvante na elite nacional já passaram. A contratação foi uma demonstração de força pelo Tricolor, que bateu as concorrências de Fluminense e Vasco na negociação pelo atleta. E o fato do camisa 7 ter optado por defender o Esquadrão, é um sinal claro de como há uma ‘nova ordem’ se estabelecendo, pouco a pouco, na Série A.
Como destaca o Blog do Rodrigo Mattos, a vitória do Bahia neste ‘cabo de guerra’ por Rossi é um sintoma de como o clube conseguiu diminuir o abismo financeiro que existia entre o clube e grandes do Sudeste. A solidificação de seu plano de sócio-torcedor, venda de jogadores e aumento na arrecadação com cotas de televisão aumentaram a receita bruta do Bahia em R$ 76 milhões, se comparada com os números de 2017.
O Bahia venceu a disputa e anunciou a contratação do atacante Rossi. O jogador de 26 anos, que atuou por empréstimo no Vasco em 2019, rescindiu o contrato com o Shenzhen FC, da China, para assinar com o Tricolor Baiano. O vínculo é válido até dezembro de 2021. #mercadodabola pic.twitter.com/QCevhXfGsa
— MERCADO DA BOLA 24H (@mercado_24h) January 16, 2020
O Bahia prevê orçamento de R$ 179 milhões para 2020, cifras ainda inferiores em relação a Vasco (R$ 300 milhões) e Fluminense, que apesar de ainda não ter divulgado sua previsão orçamentária, sempre arrecada acima de R$ 200 milhões. O que explica, portanto, o momento de maior prosperidade do clube baiano em relação aos rivais cariocas? Dívidas equacionadas e extinção do quadro social, que permite mais receitas livres apenas ao futebol.
“Temos nossas dívidas todas parceladas. E, fora do futebol, é todo mundo chão de fábrica com poucos salários acima de R$ 15 mil. Não temos mais clube social. No Bahia, a folha é o que podemos pagar. Não contratamos a mais. Se aumentar a receita, aumenta a folha”, afirmou o presidente tricolor, Guilherme Bellintani.
Fonte: 90min