A Chapecoense, por ocasião da tragédia de 2016, acabou conquistando parte do coração da maioria dos brasileiros. O clube, sim, conseguiu se reerguer. Mas, diante do que aconteceu em 2019, terá um novo desafio pela frente. É hora, então, de relembrar como foi o ano do time catarinense.
Contratações
Ao longo do ano, não faltaram caras novas no elenco da Chapecoense. Aylon, Gum, Everaldo, Gustavo Campanharo, Thiago Santos, Caíque Sá e Ernandes, por exemplo, chegaram nos primeiros meses. Depois, já para o Brasileirão, Maurício Ramos, Henrique Almeida, Camilo e Arthur Gomes foram algumas das novidades.
Expectativas Criadas
A Chape já não vinha de um bom 2018, quando perdeu o título estadual para o Figueirense, caiu na pré-Libertadores e, por pouco, não foi rebaixada no Campeonato Brasileiro. Portanto, 2019 era um ano para a retomada da autoestima e das boas campanhas nas competições das quais participaria.
Estadual
O time terminou a primeira fase na segunda colocação, mas bem atrás do Avaí. Enquanto a equipe de Florianópolis fez 39 pontos, a Chape somou apenas 32. Mas foi o suficiente para levar o confronto semifinal para a Arena Condá e fazer 1 a 0 no Figueirense. Na decisão, no entanto, jogou na Ressacada e, após empate em 1 a 1, perdeu por 4 a 2 nos pênaltis. O jogo aliás, teve polêmica de arbitragem, mas o título realmente acabou com o adversário.
Copas
A Chapecoense teve a chance de disputar a Copa Sul-Americana, mas sucumbiu. Logo na primeira fase, foi eliminada pelo Unión La Calera, do Chile. Os catarinenses haviam empatado por 0 a 0 fora de casa e, diante da sua torcida, com um jogador a mais em campo, ficou no 1 a 1 e perdeu a vaga no saldo qualificado.
Na Copa do Brasil, até que não fez feio. Passou por São José (RS) com um empate em 0 a 0 fora de casa e, depois, fez 2 a 1 no Mixto (MT) também como visitante. Na terceira fase, pegou o Criciúma (SC) e ganhou as duas partidas (3 a 2, em casa, e 2 a 0, fora). Por fim, na quarta etapa, o time acabou eliminado pelo Corinthians. Venceu por 1 a 0 na Arena Condá, mas levou 2 a 0 fora.
Parada da Copa América
Já fora da Copa do Brasil, o clube chegou ao final do primeiro semestre mostrando que teria sérias dificuldades também no Campeonato Brasileiro. Na parada do calendário para a disputa da Copa América, o time estava na zona de rebaixamento. Após nove rodadas, ocupava a 17ª colocação com oito pontos. Logo em seguida, porém, a situação ainda ficaria pior.
Brasileirão
Ficou nítido que, desde a primeira rodada, a missão da Chapecoense seria evitar o rebaixamento. O time já não tinha a força de anos anteriores. Em 24 de julho, ou seja, logo seguida à retomada da competição depois da Copa América, o técnico Ney Franco acabou demitido, ele que já havia entrado no lugar de Claudinei Oliveira. Emerson Cris entrou no seu lugar, mas também não durou muito, tanto que o clube foi buscar Marquinhos Santos na derradeira tentativa de evitar a degola. Não foi possível, e a Chape terminou o Brasileirão na penúltima posição com 32 pontos, sete a menos que o primeiro não rebaixado.
Saldo Final
Fica difícil, ainda, cravar que a Chape perdeu o rumo. Mas é fato que ela precisa se remobilizar. O ano foi péssimo em todos os sentidos. Toda a organização e o planejamento que havia até então foi deixado de lado. As convicções desapareceram. E o resultado é a catástrofe dentro das quatro linhas. É hora de repensar tudo.
Fonte: 90min
