Futebol

Como foi o Fluminense em 2019




Como foi o Fluminense em 2019 - 1

​Dezembro, fim de temporada. Mês de especulações, reformulações e, principalmente, reflexão. É hora dos dirigentes avaliarem erros, acertos e começarem a planejar 2020. E para saber o que funcionou e o que deixou a desejar, nada melhor do que uma retrospectiva do ano, não é mesmo? Então, confira a seguir um resumo do que aconteceu no 2019 do ​Fluminense:


Contratações

 

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Enfrentando situação financeira delicada, o Tricolor fez um mercado modesto, apostando em negociações via empréstimo e contratações de jogadores livres no mercado. Nino, Allan, Yony González, Agenor, Rodolfo, Matheus Ferraz e outros vieram às Laranjeiras nesses moldes de acordo. A grande aquisição do clube carioca no início da temporada 2019 foi o armador ​Paulo Henrique Ganso, que teve recepção de estrela junto à torcida do Flu.


Expectativas criadas

 

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O delicadíssimo fim de temporada 2018, os atrasos salariais constantes, o elenco remodelado e a instabilidade política nos bastidores colocaram o clube em posição de fragilidade para 2019. Os prognósticos antes da bola rolar não eram dos mais positivos: mais um ano lutando contra o rebaixamento no Brasileirão ou, na melhor das hipóteses, ser coadjuvante.


Campeonato Carioca

 

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Chegou o Carioca e o Fluminense, de forma surpreende, foi um ‘ar refrescante’ em termos de futebol jogado. Sob comando de Fernando Diniz, a equipe das Laranjeiras teve atuações de ótimo nível no Estadual, destaque para a vitória por 1 a 0 sobre o poderoso Flamengo na semi da Taça Guanabara. Contudo, as boas atuações não se converteram em vitórias nas decisões dos turnos, e o Tricolor acabou se despedindo da competição precocemente.


Copas

 

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Apesar de todas as instabilidades internas, o Fluminense não decepcionou seu torcedor nos desempenhos nas Copas. Na Copa do Brasil, o clube carioca eliminou Luverdense e Santa Cruz nas primeiras fases, caindo de pé para o Cruzeiro nas oitavas na final, nas penalidades, fazendo dois jogos duríssimos e muito equilibrados no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Na Copa Sul-Americana, o desempenho foi ainda mais satisfatório: passou pelo Antofagasta, Atlético Nacional e Peñarol, com belas atuações contra estes dois rivais tradicionais. A queda veio apenas nas quartas de final, também com dois empates para o ​Corinthians.


Parada da Copa América

 

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Os meses de junho/julho foram de chegadas e partidas no Fluminense, a começar pelo presidente Pedro Abad, que anunciou a antecipação das eleições no clube e se despediu da gestão tricolor, dando lugar à chapa vitoriosa de Mário Bittencourt e Celso Barros. A nível de elenco, o clube perdeu seu artilheiro à época, Luciano, contratado pelo Grêmio. Everaldo acertou com o Corinthians e Pedro, tratado como o grande ativo do elenco tricolor, ​foi sondado pelo Flamengo mas acabou sendo vendido ao futebol europeu, mais precisamente à Fiorentina (ITA). As reposições vieram em quantidade: Kelvin, Ewandro, Brenner, Nenê, Yuri, Lucão, Orinho, Luccas Claro e Muriel aterrissaram nas Laranjeiras na janela de meio do ano.


Brasileirão

 

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O Brasileirão, que tem sido o grande ‘karma’ do Fluminense desde 2013, foi novamente sofrido para o coração do torcedor tricolor. Com Fernando Diniz na área técnica, a equipe carioca dominava partidas mas não as vencia, chegando a ocupar a antepenúltima posição da tabela de classificação em certo ponto da temporada. A situação ficou insustentável para o treinador ​após a derrota em casa para o CSA, na rodada 15. Seu substituto foi o veterano Oswaldo de Oliveira, que enfrentou forte rejeição da torcida e turbulências junto ao elenco, caindo menos de dois meses após ser contratado. Marcão, auxiliar fixo, assumiu o comando e acabou sendo o treinador de melhor aproveitamento dentre os três, conseguindo importantes vitórias na reta final que livraram o Tricolor da queda e o garantiram na Sul-Americana de 2020.


Saldo final

 

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Dificuldades financeiras e instabilidade política deram o tom em mais uma temporada tricolor, algo que tem sido comum ao clube. Esportivamente, o torcedor do Fluminense se despede de 2019 com sabor ‘agridoce’ na boca: feliz por seu clube ter permanecido na elite nacional e conquistado, na ‘bacia das almas’, uma vaga na Sul-Americana; decepcionado pelo bom nível de atuações do início do ano não ter se convertido em vitórias, que poderiam ter elevado o time a voos maiores nas competições que disputou.

Fonte: 90min

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