O Internacional, depois de passar pelo inferno da segunda divisão e viver um ano de retomada em 2018, iniciou 2019 com a possibilidade de voltar a disputar uma Libertadores da América e se afirmar novamente no cenário nacional. Vamos relembrar como foi a temporada colorada?
Contratações
O Inter não foi tão ousado nas contratações. O nome de maior peso a desembarcar no Beira-Rio foi o do atacante Rafael Sobis, ídolo da torcida. Além dele, chegaram o centroavante Tréllez, os atacantes Guiherme Parede e Neilton, o meia Matheus Galdezani, o lateral-direito Bruno e o volante Rodrigo Lindoso.
Expectativas Criadas
Depois da ótima campanha no Brasileirão de 2018, no qual chegou em terceiro lugar, o Inter de Odair Hellmann encheu seu torcedor de esperança. Afinal, havia mostrado que tinha condições de competir com as grandes forças do país. Além disso, o Beira-Rio havia se tornado um aliado importante para o sucesso dentro das quatro linhas. Ou seja, o ano de 2019 se iniciou de uma forma bem diferente que 2018.
Estadual
O Inter fez o que dele se esperava: chegou até a final. Se não foi com grandes atuações e uma campanha espetacular (perdeu três partidas na fase classificatória), disputou com o rival Grêmio o título, levando a decisão até os pênaltis depois de dois empates sem gols. Não ficou devendo em nada para o rival no enfrentamento direto.
Copas
O Inter, se alguém poderia esperar que sucumbiria nas disputas de mata-mata, deixou para trás essa desconfiança. Na Libertadores da América, caiu no Grupo A, com o então campeão River Plate-ARG, Alianza Lima-PER e Palestino-CHI. A equipe gaúcha passou às oitavas de forma invicta e na primeira colocação. Na etapa seguinte, não tomou conhecimento do Nacional-URU e ganhou em casa e fora. Nas quartas de final, quase conseguiu segurar o Flamengo, mas perdeu por 2 a 0 o duelo de ida (os gols saíram já na parte final da partida) e empatou por 1 a 1 em casa. Caiu, mas de forma digna.
Já na Copa do Brasil, passou de forma tranquila pelo Paysandu nas oitavas de final e, depois, engrenou. Surpreendendo a muitos, deixou Palmeiras e Cruzeiro pelo caminho e chegou até a final, e com a possibilidade de decidir em casa. No entanto, aí sim não correspondeu, perdendo os dois jogos para o Athletico-PR (1 a 0 e 2 a 1) e ficando sem a chance de ganhar uma competição nacional depois de 27 anos. Esta perda, inclusive, foi um divisor de águas em 2019.
Parada da Copa América
O Inter chegou à metade da temporada em alta, mesmo tendo perdido o Gauchão. À época, estava bem na Libertadores, via Paolo Guerrero despontar com o fim de sua suspensão por doping e, ainda, ocupava um lugar dentro do G-4 do Campeonato Brasileiro. Na tentativa de reforçar o plantel, trouxe o lateral-esquerdo Natanael, que acabaria sucumbindo.
Brasileirão
Em boa parte do Brasileirão, o Colorado lutou na parte de cima da tabela. Mesmo que em nenhum momento tenha dado a impressão de que poderia lutar pelo título, sua presença no G-4 era uma constante. No entanto, o impacto da perda da Copa do Brasil se refletiu na competição por pontos corridos. O técnico Odair Hellmann acabou demitido e, depois de algumas partidas com Ricardo Colbachini de interino, Zé Ricardo chegou para fechar a temporada. Em queda, o Inter acabou sofrendo mais do que esperado para garantir uma vaga à chamada pré-Libertadores, ficando com a sétima posição e vendo a torcida protestar por mudanças.
Saldo Final
O Inter, mais uma vez, terminou uma temporada sem conquistar títulos. E isso é preocupante para um clube dessa grandeza. O ano de 2019 mostrou que o plantel tem algumas carências importantes, como um substituto para D’Alessandro e atacantes de velocidade. Não se pode dizer que um ano sem dar volta olímpica é bom, mas sabendo preservar suas principais armas e se reforçando bem, o Colorado pode dar um salto em 2019, quando terá o argentino Eduardo Coudet como seu treinador.
Fonte: 90min
