Além do processo movido pelo Defensor (URU), clube que De Arrascaeta defendia antes de rumar ao futebol brasileiro, o Cruzeiro se encontra em situação delicadíssima na ação judicial movida pelo ex-parceiro Supermercados BH, empresa que injetou dinheiro para viabilizar a transferência do uruguaio ao clube mineiro, ainda em 2015.
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Reivindicando judicialmente uma fatia do valor da transferência do atleta ao Flamengo (2019), o Supermercados BH precisou divulgar os detalhes do acordo fechado em 2015, já que ao investir R$ 6 milhões na contratação do uruguaio naquela temporada, a empresa garantiu contratualmente 25% dos direitos econômicos do próprio.
O grande problema para o Cruzeiro, no entanto, está no fato de que o contrato firmado à época precisou se tornar público durante a ação judicial. Como noticia o Blog do Rodrigo Mattos, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teve acesso aos documentos e identificou uma grande irregularidade na transação: em 2015, a FIFA já havia definido a proibição da cessão dos direitos de jogadores para terceiros.
Esse tipo de arranjo participativo entre clube/empresa na aquisição de direitos econômicos de atletas foi vetada pela principal entidade do futebol mundial ainda em dezembro de 2014. Procurado pela reportagem, o presidente celeste à época, Gilvan de Pinho Tavares, alegou que não viu irregularidade na transferências, utilizando o tempo de ‘tolerância’ dado pela FIFA até a adequação dos clubes à nova orientação.
Ao notar a possível irregularidade, a CBF entrou em contato com o Cruzeiro solicitando esclarecimentos. A partir das informações cedidas pelo clube, o departamento de registro de jogadores preparou um relatório encaminhado à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão responsável para analisar, julgar e se necessário, sancionar clubes que tenham cometido irregularidades às nomas da FIFA.
Fonte: 90min
