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Corinthians muda perfil e mira treinador português que bateu City de Guardiola na Champions




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Corinthians muda perfil e mira treinador português que bateu City de Guardiola na Champions - 1

​O ​Corinthians pode se tornar, em breve, o segundo clube do Brasil e ser dirigido na atualidade por um treinador de Portugal. Não entendeu? Criticado nas últimas entrevistas por reclamar da falta de jogadores mais cascudos – sendo que chegou a dizer no primeiro semestre que tinha em mãos o plantel mais equilibrado nesses três anos de clube -, Fábio Carille está por um fio e corre riscos de deixar o Timão se não mostrar resultados nas próximas duas partidas no Campeonato Brasileiro.

Nos últimos dias, já circularam nos bastidores do CT Joaquim Grava nomes que poderiam substituir Carille em uma eventual demissão. Tiago Nunes, campeão da Copa do Brasil pelo Athletico-PR, e Sylvinho, ex-jogador do Timão e disponível no mercado após saída do Lyon, da França, são as primeiras alternativas que surgem para o presidente Andrés Sanchez. Você deve pensar: mas onde entra Portugal nisso? ​portal “Goal” informou, nesta terça-feira (15), de que Leonardo Jardim, treinador do Mônaco, da França, foi oferecido ao Alvinegro. 

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Reportagem assinada pelo jornalista Bruno Andrade indica que Jardim, que também está na corda bamba no time do Principado, foi sugerido pelo empresário Fernando Garcia, com quem Andrés tem muita afinidade. Inicialmente, os valores envolvidos numa eventual negociação assustaram, mas, numa segunda abordagem, o cenário passou a ser visto com bons olhos – no caso, obviamente, de uma demissão na França”, diz o Goal. 

O representante tem contrato direto também com o italiano Federico Pastorello, que mora em Mônaco e trabalha como um dos procuradores do treinador luso, cujo contrato com a equipe francesa é válido até junho de 2021. Atualmente a equipe do Principado ocupa apenas a 16ª colocação na Ligue 1, com apenas duas vitórias em nove partidas. O desempenho de Jardim decepciona os dirigentes franceses.  

A expectativa era que Jardim repetisse os resultados da temporada 2016/17, quando Jardim levou o clube ao título do Campeonato Francês e às semifinais da Champions League, batendo o Manchester City, de Pep Guardiola. E o que o torcedor do Corinthians pode esperar se Jardim vier a assumir o comando técnico? O português se acostumou a se apoiar, usando aquele Mônaco de duas temporadas atrás, em uma equipe de muita força física, vertical e eficiente nos contra-ataques, principalmente com Mbappé naquela formação junto de Falcão Garcia. 

O Mônaco de 2016/17 era uma equipe considerada “simples” para os padrões europeus, sem um grande nome de destaque, tanto que Mbappé era apenas um menino promovido das categorias de base. Mas era notável o talento do ponta e sua velocidade, que infernizaram as defesas com passes de Bernardo Silva e Lemar nas costas da zaga adversária. Era uma das tônicas daquele esquadrão, que defendia em um 4-4-2 de maneira a pressionar a saída de bola rival e adiantando as linhas de frente, ao mesmo tempo que atacava no tradicional 4-2-2-2.

Se Jesus no Flamengo impõe um estilo ultra ofensivo em que força a retomada de bola desde a saída, Jardim também teve um pouco disso no Mônaco, porém costuma ser mais vertical que o compatriota. Até pela característica de seus jogadores no Principado. Se vier ao Corinthians, uma constante será apostar em mais jovens atletas, já que, naquele esquadrão, além de Mbappé, destacava-se Sidibé, Mendy, Jemerson, Jorge, Bernardo Silva, Bakayoko, Boschilia e Lemar, todos com menos de 24 anos

Se Carille acusa o golpe de ter dificuldades em impor um estilo mais ofensivo pelo elenco atual do Corinthians, Jardim pode explorar melhor o potencial de nomes como Pedrinho, Everaldo e Clayson para jogadas em profundidade e Vágner Love poderá atuar ou flutuando ou mesmo centralizado, assim como Boselli – lembrando a função de Falcão no Mônaco. Quanto aos laterais, Sidibé e Mendy eram exemplos de atletas jovens e com porte físico avantajado, o que não acontece no plantel com Fagner e Danilo Avelar. De qualquer maneira, o português poderia mudar muita coisa no Parque São Jorge, assim como Jesus o fez no Rio de Janeiro. 

Fonte: 90min

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