Futebol

Estádios fechados e banimento: racismo precisa ser combatido com tolerância zero




Estádios fechados e banimento: racismo precisa ser combatido com tolerância zero - 1

Segunda, 14 de outubro de 2019. A Seleção da Inglaterra adentra o gramado do Estádio Vasil Levski, para confronto contra a Bulgária pelas Eliminatórias da Eurocopa 2020. Não tarda muito para os temores que já cercavam a partida se confirmarem: manifestações racistas, insultos e saudações nazistas são testemunhadas nas arquibancadas, como se ainda estivéssemos nos nefastos anos 30. Árbitro intervém, atletas búlgaros pedem para seus torcedores cessarem os atos criminosos. O jogo segue, apesar do espetáculo de horrores.

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​​O caso rodou o mundo e começa a gerar suas primeiras consequências, como o pedido de demissão por parte do presidente da Federação Búlgara e prisão de quatro dos envolvidos no episódio macabro testemunhado no Estádio Vasil Levski. Mas nada disso se consolida como medida de prevenção para que novos casos de racismo aconteçam no esporte: só reagir, e quase sempre de forma pouco incisiva, não é mais suficiente. 

 

O combate a este mal que se alastra na sociedade e no esporte precisa ser mais eficaz e mais contundente. Bloqueios parciais nas arquibancadas, punições brandas de uma ou duas partidas sem público, intervenção da arbitragem e ‘ameaça’ de paralisação da partida… Tudo isso já se mostrou insuficiente. Já passou da hora de UEFA, FIFA e demais entidades do futebol mundial pararem de normalizar o racismo, tratando-o como algo isolado. Esse tipo de manifestação criminosa é cada vez mais recorrente nas arquibancadas, muito em função dos infratores seguirem se sentindo inatingíveis, blindados.

Krasimir Balakov,Raheem Sterling,Kieran Trippier,Jordan Henderson

Fechamento de estádios por tempo indeterminado e banimento de clubes/seleções de torneios podem soar como medidas extremas, já que afetam uma enormidade de indivíduos que não têm relação com àqueles de comportamentos criminosos. Contudo, chegamos em um ponto em que medidas brandas, graduais e socioeducativas não dão mais conta. Talvez seja hora de golpear na raiz, retirando este espaço/plataforma em que criminosos se sentem tão seguros de agir.

 

Fonte: 90min

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