A Copa do Mundo Feminina 2019 tem dado visibilidade e voz às milhares de mulheres envolvidas no futebol. A competição é também uma chance de atrair o foco para o futebol feminino e promover um desenvolvimento do esporte. Mas para que chegue nas seleções, esse desenvolvimento precisa começar nos clubes e nas ligas nacionais.
Para promover melhorias na Liga Iberdrola de futebol feminino, os clubes espanhóis querem tomar a frente da organização da competição. Segundo eles, a competição que atualmente é organizada pela RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol), poderia ser mais profissionalizada e ter um salário mínimo anual maior se for comandada pelo grupo, passando de 14 mil para 20 mil euros.
“Não dá para entender como os clubes devam assumir uma série de obrigações sem ter qualquer controle sobre os direitos econômicos ou a organização da competição. O crescimento do futebol feminino desde 2015 é fruto de uma aposta feita pelos clubes, com a ajuda decisiva da Iberdrola, da Mediapro e da LaLiga”, disseram em nota oficial à imprensa.
A gota d’água para essa “rebelião” foi quando a RFEF anunciou que, dos 20 milhões de euros que serão investidos no futebol feminino na Espanha, apenas 950 mil serão para os clubes da liga. Os outros pouco mais de 19 milhões serão direcionados para as seleções espanholas da modalidade.
Não questiono isso. Mas pelo que a Espanha tem feito pelo futebol feminino nos últimos anos, merece ir além. O trabalho feito pelos clubes espanhóis merecem mais que cair nas oitavas.
Não é análise entre as duas seleções, mas um desejo pessoal mesmo.— Captain Jackie (@PottermaniaBra) June 24, 2019
Na La Liga, os clubes já tem o controle da competição e são os responsáveis pelos direitos econômicos e pela organização. Os clubes querem o mesmo direito sobre a Liga Iberdrola para investir mais e tentar profissionalizar cada vez mais o futebol feminino. O pedido será feito para o Conselho Superior de Esportes e se passar por eles ainda tem a federação, a quem pertence a decisão final sobre a gestão da liga.
Fonte: 90min
