Debate que parece se renovar ano após ano, a redução do número de datas dos Estaduais encontra grande resistência das Federações. Já projetando o calendário nacional de 2020, a CBF recomendou que os campeonatos locais passassem de 18 para 16 datas, orientação que cartolas cariocas e paulistas parecem contrários a seguir.
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Como destaca o Blog do Rodrigo Mattos, federações locais já procuram brechas no calendário para conseguir manter as tradicionais 18 datas, temendo que os cortes possam gerar perda financeira/diminuição da receita junto à emissora que detém os direitos de transmissão:
“A intenção é manter o campeonato como está. Vamos ver como sai o calendário da CBF. Se tiver que fazer, vamos respeitar as 16 datas. Mas temos que ver se vamos ter times do Estado na pré-libertadores”, afirmou o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro.
Rubens Lopes, presidente da Federação Carioca, também observa possíveis espaços no calendário, mas admite uma nova mudança na fórmula da competição: “Podemos usar datas FIFA desde que não prejudique nossos times. Podemos suprimir a semifinal do estadual ou então as duas semifinais dos turnos. Vamos ver com os clubes”, afirmou.
O rechaço aos cortes nas datas dos Estaduais evidencia como os cartolas que comandam as federações locais seguem ‘estacionados’ no tempo, avessos à modernização. Estádios vazios e times reservas em campo têm sido a tônica dos Estaduais – especialmente no Sul e no Sudeste -, pelo fato desta competição ser a última prioridade dos grandes times, expostos a calendários pesados e desgastantes.
Fonte: 90min