No início do mês de junho, a FIFA anunciou que Keramuudin Karim, então presidente da Federação Afegã de Futebol, estava banido para sempre do futebol. O cartola era um dos principais acusados de abusar sexualmente de jogadoras da Seleção do Afeganistão, denúncia que corria desde novembro do ano passado: “Eu estava com medo, tremendo. Ele disse: hoje quero descobrir o que está por baixo das tuas roupas. Eu comecei a gritar que queria ir para casa e ele disse grita o que quiser, ninguém vai te ouvir”, contou uma atleta.
Já segue a gente no Instagram? Clique aqui e venha para a Casa dos Torcedores!
Como destaca o Blog do Marcel Rizzo, a lentidão no processo de investigação e punição de apenas um dos denunciados – outros cartolas e profissionais membros do estafe da Seleção Afegã também foram acusados por atletas -, geraram inúmeras críticas à entidade máxima do futebol mundial, algumas oriundas da própria treinadora da equipe asiática, Kelly Lindsey.
Tentando amenizar falhas/brechas em seu Código de Ética, a Fifa decidiu incluir, a partir do primeiro dia de agosto, artigos específicos que tratem seriamente os casos de exploração e abuso sexual. Além de punições mais duras, o objetivo da entidade é facilitar/agilizar a atuação de seu Comitê de Ética em casos desta magnitude, recorrentes não apenas no futebol feminino, mas também nas categorias de base do masculino em países periféricos.
Atualmente, a pena máxima de suspensão para acusados de abuso sexual é de cinco anos, de modo que o banimento ‘eterno’ de Keramuudin Karim só foi possível por seu caso ter sido enquadrado em outro artigo: abuso de poder.
Fonte: 90min
