Futebol

Fora do razoável: excessos marcam troca de farpas entre Jorge Jesus e Valentim




Fora do razoável: excessos marcam troca de farpas entre Jorge Jesus e Valentim - 1

​Na noite da última quinta-feira (7), ​Botafogo e ​Flamengo fizeram um clássico tumultuado dentro de campo e violento fora dele, com tristes episódios de violência nas arquibancadas e no entorno do Nilton Santos. Quem deveria atuar como ‘bombeiro’ para apaziguar a situação, no entanto, acabou só intensificando o clima austero entre as duas torcidas envolvidas: dirigentes e treinadores trocaram farpas ao final da partida, passando e muito do tom aceitável no que consideramos ‘provocação sadia’ no futebol.

 

Insatisfeito com o alto número de faltas cometidas pelos jogadores alvinegros – especialmente na primeira etapa -, Jorge Jesus teria ‘provocado’ o zagueiro Joel Carli ao final da partida, criticando o suposto anti-jogo do Botafogo no clássico. A ação totalmente desnecessária do treinador português, que ainda reforçou seu descontentamento em coletiva afirmando que o adversário só se propôs a ‘caçar’ os atletas rubro-negros, desencadeou uma série de ações de destempero e falas fora do tom.

A mais forte delas partiu de Valentim, que fez questão de defender seus comandados: Jesus falou uma grande bobagem, devia ter ficado de boquinha calada. Nosso time veio para jogar, fomos aguerridos, estão de parabéns. Tomamos um gol no fim, falou bobagem grande, coitadinho dele. Cuida do time dele, que está bem. Ninguém veio para bater ou caçar alguém. Que termo é esse que ele acha que está vindo usar aqui no Brasil?, bradou.

 

Alberto Valentim

 

Não é a primeira vez que Jorge Jesus dedica momentos de sua entrevista coletiva para criticar o comportamento e a estratégia de times rivais. Com o Flamengo em grande fase e vivendo a temporada dos sonhos, é preciso questionar essa linha discursiva do treinador: há necessidade de sempre se indispor, ironizar ou alfinetar adversários? Alberto Valentim, por sua vez, passou do tom em sua réplica, recheada de traços de xenofobia nas entrelinhas

 

Com brigas, pancadaria e até morte de torcedores nos arredores do estádio e em outros pontos da cidade, dois protagonistas da bola, ao invés de agirem pela ‘contenção de danos’, só jogaram mais lenha na fogueira para os próximos capítulos.

 

Jorge Jesus,Gabriel Barbosa

 

 

Fonte: 90min

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