No início da tarde da última terça (12), o torcedor do Fluminense recebeu uma notícia muito ruim para a sequência da temporada: não poderá contar mais com seu goleiro titular. Por conta de uma fratura na mão esquerda, Muriel precisou ser operado e não atua mais em 2019, aumentando o drama tricolor daqui ao final do Brasileirão. A partir de agora, Marcão terá que trabalhar com apenas duas opções, já que Rodolfo, um dos goleiros do elenco tricolor, cumpre suspensão após ser flagrado do antidoping por uso de cocaína.
As opções da comissão técnica tricolor são o jovem Marcos Felipe, prata da casa de 23 anos; e o veterano Agenor, contratado pelo clube no início da atual temporada. Por se tratar de uma reta final de temporada em que o Fluminense aparece com chances reais e bem consideráveis de rebaixamento, o caminho natural seria defender a opção mais experiente/calejada. Seria, mas o cenário no clube das Laranjeiras é bem delicado e fora da curva do que se imagina.
Agenor não conta com nenhum prestígio das arquibancadas e comprometeu a equipe nos poucos jogos em que esteve em campo, ainda sob a batuta de Fernando Diniz. Ainda que seja um profissional sério e elogiado nos bastidores, sua dificuldade em se manter no peso ideal é um problema e afeta seu desempenho em campo, tempo de reação, mobilidade etc.
Por outro lado, Marcos Felipe tem boa rodagem em times/competições de base até mesmo pela Seleção Brasileira, mas sua experiência em campo, como profissional do Fluminense, é mínima. Ainda que viva a rotina de elenco principal desde 2013 – ano em que foi promovido -, o terceiro goleiro soma apenas quatro jogos totais, dois como titular e dois vindo do banco. A forte concorrência na posição, que contou com Cavalieri até o final de 2017, implicou nas poucas oportunidades ao garoto de Xerém.
Nesta ‘via crucis’ em que o Tricolor Carioca se encontra, a opção mais prudente parece ser por Marcos Felipe, que aguarda esta oportunidade há muito e tem qualidade técnica para ser grande goleiro. Resta saber qual será a decisão da atual comissão técnica, que já deu sinais de preferir privilegiar os mais veteranos.
Fonte: 90min