Após uma temporada pouco inspirada (para não dizer ruim) no Barcelona, Coutinho parece estar reencontrando o bom futebol dos velhos tempos neste início de 2019/20, com a camisa do Bayern de Munique. Contratado pelo clube alemão via empréstimo, o meia-atacante não tardou para encaixar no sistema de Niko Kovač e vem fazendo a diferença no sistema ofensivo bávaro, contribuindo com gols, assistências e passes para finalizações. O ‘retorno’ ao bom caminho pelo atleta brasileiro já ressoa no Velho Continente, gerando sentimentos mistos em uma torcida específica: a do Liverpool.
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O clube inglês “vai muito bem, obrigado” desde a transferência de Coutinho à Catalunha, afinal, conquistou a Champions de 2018/19 e hoje lidera a Premier League com folgas em relação ao segundo colocado. Apesar da equipe estar altamente encaixada, há quem acredite que o retorno do meia brasileiro à Inglaterra, na última janela de verão, teria sido um movimento de mercado interesse. A explicação é simples: amplitude do elenco e características de jogo.
O Liverpool tem goleiro de primeira prateleira, laterais de altíssimo nível, zagueiros excelentes e um trinco de ataque poderosíssimo, possivelmente o mais letal da atualidade. O único setor ‘não espetacular’ do elenco vermelho é o seu meio-campo, formado por jogadores de muito vigor, potência, consciência tática e disciplina como Fabinho, Milner, Wijnaldum e Henderson. Falta, no entanto, um nome mais leve e de maior criatividade. Coutinho é, para muitos, a peça que falta para ampliar/diversificar em características este setor.
Essa linha de raciocínio faz sentido e também é guiada pelo aspecto emocional-afetivo, já que o camisa 10 não foi nada menos que brilhante no tempo em que permaneceu no Liverpool: foram 41 gols e 35 assistências em 152 jogos de Premier League, números que falam por si só. Mas dificilmente há ganho sem ônus, e um retorno do brasileiro à Anfield poderia bagunçar uma fórmula que se encontra em perfeito equilíbrio. A forma como Philippe Coutinho deixou o clube – forçando sua saída ao Barcelona -, ainda gera mágoa em boa parte da torcida dos Reds. Hoje, portanto, é até melhor que seus caminhos sigam separados.
Fonte: 90min
