No último domingo (1º), a Inter de Milão entrou em campo precisando de uma vitória contra o Cagliari, fora de casa, para chegar à liderança do Campeonato Italiano. O jogo se provou bastante desafiador para o time nerazzurri, que só conseguiu chegar ao resultado positivo aos 27′ do segundo tempo, através de gol de pênalti do centroavante belga Romelu Lukaku. O lance decisivo, no entanto, foi acompanhado por um episódio deplorável de racismo por parte da torcida da casa, reincidente em situações desse tipo.
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Com imitações de macaco e outros cânticos ofensivos, torcedores do Cagliari tentaram desconcentrar Lukaku na cobrança da penalidade, em vão. Enfurecido com o comportamento abominável dos fãs rivais, o camisa 9 comemorou olhando para arquibancadas, antes de ser abraçado por seus companheiros de time. O mais preocupante e assustador é que este não foi o primeiro caso de racismo envolvendo o clube da Sardenha.
Somente nesta década, quatro casos de racismo foram reportados em partidas disputadas na Sardegna Arena: na temporada 2018/19, o atacante Moise Kean (Juventus) foi a vítima; no ano anterior, o também juventino Matuidi sofreu com ofensas raciais; em 2010, o centroavante camaronês Samuel Eto’o não conseguiu escapar dos cânticos cruéis das arquibancadas.
2019: Moise Kean racially abused by Cagliari fans
2018: Blaise Matuidi racially abused by Cagliari fans
2017: Sulley Muntari racially abused by Cagliari fans
— Andrew Cesare (@AndrewCesare) April 2, 2019
Em 2017, o meia ganês Sulley Muntari se recusou a continuar em campo enquanto as ofensas raciais seguissem. A consequência de seu posicionamento foi uma expulsão e gancho de um jogo, enquanto o Cagliari não sofreu nenhum tipo de sanção. As autoridades italianas seguem ‘fechando os olhos’ e tratando episódios de racismo com nenhum rigor, validando que comportamentos nocivos e inaceitáveis como esses se alastrem pelas arquibancadas.
Fonte: 90min