Ao bater o Bahia por 3 a 2 no último sábado, na estreia do técnico Zé Ricardo, o Internacional obteve um feito inédito em sua trajetória no Campeonato Brasileiro de 2019: venceu duas partidas em sequência como visitante. Antes, sob o comando do interino Ricardo Colbachini, já havia despachado o Avaí por 2 a 0. Porém, foi justamente no confronto do final de semana, diante de um rival direto por vaga à próxima Libertadores da América, que o Colorado começou a mudar seu “jeitão de jogar”.
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Ao longo do ano, sempre se cobrou de Odair Hellmann uma postura mais ofensiva da equipe, principalmente longe de casa. Pois, logo em seu começo de trajetória, Zé Ricardo não titubeou.
Sem Patrick e D’Alessandro, suspensos, não reforçou a marcação. Pelo contrário. Escalou uma linha de três jogadores atrás do centroavante Paolo Guerrero com Neilton, Guilherme Parede e Wellington Silva. Pode-se até discutir os nomes escolhidos, mas o fato é que, em campo, o ataque se mostrou mais consistente. A bola chegou mais para o peruano, que quebrou um jejum de nove jogos e, de cara, balançou as redes duas vezes.
Costumo dizer que futebol não é uma ciência exata, mas, ao mesmo tempo, simplificar as coisas normalmente gera melhores resultados. Não adiante pedir a um jogador fazer algo que ele não sabe. E, às vezes Odair, em que pese seu ótimo trabalho nos dois anos de Beira-Rio, tentava fazer isso. Zé Ricardo, embora todas a críticas que envolveram o processo de escolha de seu nome para um mandato tampão, começou muito bem. Se os treinos indicavam um Inter mais ofensivo, o que se viu na primeira amostragem é que o treinador tinha razão em suas escolhas. E convenhamos: colocar os jogadores em suas devidas posições é um passo importante para se atingir os objetivos esperados.
Foto de capa: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação
Fonte: 90min
