Ruim dentro de campo, pior ainda fora dele. Definitivamente, o 2019 de Neymar não foi nada bom. Alguém até pode retrucar dizendo que os nove gols e seis assistências nos doze jogos disputados no segundo semestre o colocam no caminho da redenção. Mas não é bem assim. Para deixar para trás tudo o que aconteceu ao longo da temporada, é preciso fazer muito mais.
Se, lá em janeiro, o objetivo do atacante era recuperar totalmente sua forma física e técnica depois de um 2018 complicado, é possível cravar, sem medo de errar, que esta meta não foi atingida. O atacante brasileiro ficou tempo demais entregue ao departamento médico. No total, sofreu três lesões. Em janeiro, repetiu a fratura no quinto metatarso do pé direito. Em maio, uma entorse no tornozelo direito o deixou de fora da Copa América. Por fim, em outubro, se viu com um problema muscular na coxa esquerda. Com isso, em nenhum momento atingiu a plenitude.
Em uma reportagem do UOL, 100 jogadores da Série A do Brasileirão 2019 elegeram os melhores jogadores brasileiros do mundo:
1º – Bruno Henrique (Flamengo)
2º – Alisson (Liverpool)
3º – Gabigol (Flamengo)
4º – Neymar (PSG)
5º – Firmino (Liverpool)— MERCADO DA BOLA 24H (@mercado_24h) December 24, 2019
E olha que os problemas clínicos se tornaram pequenos diante de seu comportamento pouco profissional. Após a decisão da Copa da França, em que o PSG perdeu para o Rennes, agrediu um torcedor quando subia às tribunas. Também sofreu acusação de estupro (caso já superado, é bem verdade) e ainda manteve uma queda de braço pública com o seu clube na tentativa de voltar ao Barcelona. Ou seja, ficou claro que a felicidade passou longe do camisa 10 nos últimos meses.
Neymar en modo futbolista te gana todo. Que hable en la cancha y no afuera de ella. El @PSG_inside 2019/20 tiene que llegar lejos en UCL. Arquero top y delanteros top #cmsptmkg
— Carlos Massa (@Camahei) December 21, 2019
Em entrevistas, afirmou que era merecedor de privilégios pelo status atingido. Só que, dentro do Parque dos Príncipes, ninguém gostou de suas festas, de suas viagens fora de hora, de suas aparições enquanto devia estar se tratando. Enquanto isso, a seleção brasileira reconquistava o continente sem seu camisa 10 (e com ele perdendo a faixa de capitão) e Mbappé arrematava boa parte dos holofotes dentro da equipe francesa. Conforme o site Transfermarkt, pela primeira vez o valor de mercado do astro caiu – de 180 milhões de euros para 160 milhões de euros. Assim, para voltar ao auge, Neymar mais uma vez vai ter que ir contra a maré. Se é que esse é realmente o seu desejo.
Foto: PSG / Divulgação
Fonte: 90min