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Organizadas do Cruzeiro também são rebaixadas após verdadeira guerra civil




Organizadas do Cruzeiro também são rebaixadas após verdadeira guerra civil - 1

O Cruzeiro, ​pela primeira vez na história, passa a conviver com o inferno da segunda divisão. Alguém poderia dizer que um clube como a ​Raposa jamais deveria experimentar uma situação como essa. Mas a verdade é que mereceu. Uma administração irresponsável, um grupo de jogadores indolente, técnicos em profusão. O time mineiro seguiu à risca o que rivais já fizeram no passado, com o mesmo destino. E, diante disso, é possível também afirmar: o cenário de guerra no qual foi transformado o Mineirão neste domingo coloca parte dos torcedores não como corresponsável pela queda, mas merecedores de uma tristeza como essa.

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Não adiantou a segurança ter alocado, por exemplo, as organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente em setores diferentes do estádio. Logo depois da confirmação do rebaixamento, as inimigas declaradas entraram em confronto na Avenida Coronel Oscar Paschoal, levando a um estado de quase guerra civil. Cavaletes, cones, pedras e outros objetos voaram de um lado para o outro. Aliás, esta nem foi a primeira vez que este tipo de confronto ocorreu neste catastrófico ano. Várias vezes a polícia já havia se utilizado de gás e bombas de efeito moral para dispersar disputas de espaço entre as torcidas.

Colocar na conta de torcedores um momento tão delicado como este pode ser pesado demais. Concordo plenamente. Mas esta briga representa, também, uma disputa de poder. É um reflexo de todo o desmando que há dentro do Cruzeiro e que permite a organizadas agirem como bem quiserem. Não há quem as puna, não há quem as condene, não há quem retire seus benefícios. Obviamente, elas não estão nos meandros da instituição. Mas elas em nada colaboram para um ambiente minimamente saudável. Cobrar é o papel dela, mas denegrir a imagem do clube já ultrapassa qualquer limite do bom senso. De algum modo, elas precisam pagar. E, para este tipo de torcedor, o rebaixamento é, sim, muito merecido. Eles não são donos de nada, eles não representam ninguém.

Fonte: 90min

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