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Dorival Jr, Thiago Carpini e Luis Zubeldía comandaram o São Paulo em 2024. O primeiro técnico aceitou convite da Seleção Brasileira ainda em janeiro, abrindo espaço para o jovem profissional que estava valorizado por ter promovido o Juventude à elite nacional no ano anterior. Alguns estrangeiros foram sondados, mas o coordenador Muricy Ramalho bancou a aposta.
Após um início promissor que rendeu conquistas ele acabou demitido por uma sequência ruim que teve eliminação do Paulistão nos pênaltis logo no primeiro mata-mata para o Novorizontino em pleno Morumbis seguida de três derrotas em quatro jogos. Tempos mais tarde ele foi para o Vitória.
O argentino que havia sido contatado no início do ano voltou à pauta e assumiu em abril. Antes dele o auxiliar Milton Cruz foi interino em um duelo diante do Atlético-GO. O trabalho começou bem, mas alguns fatores fizeram ele perder a unanimidade, apesar de que a diretoria deu voto de confiança e confirmou a permanência do treinador para 2025.
Uma semana inesquecível entre 30 de janeiro e 4 de fevereiro começou com 2 a 1 no Majestoso, a primeira vez que o Tricolor conseguiu vencer o clássico na Neo Química Arena. Calleri e Luiz Gustavo marcaram e Arthur Sousa descontou nos acréscimos, mas a reação alvinegra foi tardia e o placar terminou assim.
A CBF elegeu o Mineirão como palco da final da Supercopa Rei e o então campeão da Copa do Brasil levou a melhor no Choque-Rei. Após um 0 a 0 no tempo normal, o jogo foi para os pênaltis e o Tricolor acertou todas as cobranças (Calleri, Galoppo, Pablo Maia e Michel Araújo) e nem precisou bater a última porque o Rafael pegou os chutes de Murilo e Piquerez. O 4 a 2 ainda rendeu R$ 10,4 milhões juntando premiações da CBF e Conmebol.
O melhor momento da Era Zubeldía aconteceu entre abril e junho – 13 jogos sem perder (nove vitórias e quatro empates). A sequência acabou contra o Cuiabá no Morumbis em 19 de junho – 1 a 0 com gol de Eliel, já com Jandrei no gol porque Rafael tinha sido convocado para a Copa América. Cabe ressaltar que na época a diferença entre os times era de cinco pontos e o Dourado estava fora da zona de rebaixamento. No jogo seguinte sofreu a pior derrota do ano (4 a 1 para o Vasco, que estava em crise). A única notícia boa de São Januário foi o gol de André Silva, decisivo na reta final. Entre junho e julho foram cinco vitórias em seis jogos, sendo um deles o 1 a 0 sobre o Grêmio marcado pela grave lesão do volante Alisson. O time demorou a encaixar sem ele, tanto que ficou três jogos sem vencer.
O 1 a 0 sobre o Cruzeiro foi um dos únicos motivos que os são-paulinos tiveram para comemorar em setembro, período em que o Tricolor caiu nos dois principais torneios mata-mata que disputou.
Tudo começou ainda no fim de agosto com derrota para o Atlético-MG em casa um dia após a morte de Juan Izquierdo. O zagueiro do Nacional (Uruguai) sofreu uma arritmia cardíaca em campo no Morumbis durante confronto da Libertadores, foi hospitalizado e não saiu mais. O episódio naturalmente abalou o elenco, não à toa quatro atletas (o capitão Rafinha, os meio-campistas Galoppo e Michel Araújo – que é uruguaio – e os atacantes Calleri e Wellington Rato) foram ao velório em Montevidéu. A torcida também se mobilizou para prestar homenagens no primeiro jogo após a tragédia, mas o abatimento dos jogadores era visível. Battaglia marcou e na volta o Galo administrou a vantagem e ninguém marcou. Eles avançaram até a decisão, perdendo a taça para o Flamengo.
Na competição sul-americana o algoz dos tricolores foi o campeão Botafogo. Após segurar um 0 a 0 no Rio, bastava uma vitória simples para avançar, mas Thiago Almada abriu o placar, Lucas perdeu pênalti no tempo normal e Calleri deixou tudo igual, mas na hora das penalidades errou o alvo. Vitinho deu sobrevida aos donos da casa, mas nas alternadas Rodrigo Nestor bateu mal e John defendeu, então Matheus Martins garantiu a festa botafoguense.
Mesmo sem conseguir vencer o Atlético-MG, que estava em crise que culminou com a demissão do técnico Gabriel Milito, o Tricolor contou com resultados de rivais para assegurar a sonhada vaga na fase de grupos da Libertadores 2025. São 23 anos seguidos disputando competições internacionais. O ano acabou com o time vivendo a pior fase da temporada – cinco jogos sem vencer. A impressão que ficou é que o elenco teve a sensação de missão cumprida, afinal depois da classificação garantida foram três derrotas seguidas, algo inédito até então em 2024. A boa notícia é que o último gol do Tricolor no ano foi do jovem ponta William Gomes, formado na base.
Estatísticas do São Paulo em 2024
Competição |
Jogos |
Vitórias |
Empates |
Derrotas |
GP – GC |
---|---|---|---|---|---|
Paulistão |
13 |
6 |
5 |
2 |
21 -13 |
Supercopa |
1 |
0 |
1 |
0 |
0 |
Copa do Brasil |
6 |
3 |
2 |
1 |
7 – 2 |
Libertadores |
10 |
5 |
4 |
1 |
13 – 4 |
Brasileirão |
38 |
17 |
8 |
13 |
53 – 43 |
Total |
68 |
31 |
20 |
17 |
91 – 62 |
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Bia Palumbo , 90min pt-BR.
Fonte: 90 minutos..
Tue, 31 Dec 2024 13:00:01 +0000