Os números da pior campanha da história da Seleção na história das Eliminatórias

A Seleção Brasileira se despediu das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026 nesta terça-feira, 9. Classificado com antecedência, o Brasil perdeu por 1 a 0 para a Bolívia na altitude de 4.150 metros de El Alto e não conseguiu evitar um recorde negativo: com 28 pontos, os comandados de Carlo Ancelotti estabeleceram uma marca indesejada e agora são donos da pior campanha da Amarelinha na história das Eliminatórias.

Detalhe, o Brasil ficou na quinta colocação na tabela das Eliminatórias, com 28 pontos, atrás de Argentina, Equador, Colômbia e Uruguai. Em outros tempos, o time verde e amarelo não teria vaga direta para o Mundial.

As Eliminatórias da América do Sul são disputadas no formato atual (10 seleções se enfrentando em turno e returno) há quase três décadas. De 1996 para cá, o Brasil nunca tinha feito menos do que 30 pontos. A pior campanha anterior da Seleção foi na corrida para a Copa do Mundo de 2002, quando obteve um aproveitamento de apenas 55%. A boa notícia é que a Amarelinha chegou ao Penta justamente no Mundial da Coreia do Sul e do Japão.

Por outro lado, o Brasil se saiu muito bem nas duas últimas Eliminatórias (2018 e 2022), ficando com 75,9% e 88,2% de aproveitamento, respectivamente. Nas Copas, no entanto, não conseguiu ir além nem na Rússia nem no Catar – caiu nas quartas de final nas duas oportunidades. A expectativa agora é sobre qual história a Seleção vai escrever na América do Norte no próximo ano.

Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo (de 1996 para cá)*

*Vale recordar que o Brasil ficou de fora das Eliminatórias duas vezes nesse período: em 1998, por ter sido campeão em 1994; e em 2014, por ser o país-sede. Mais, na edição passada, a Seleção disputou uma partida a menos, já que não jogou uma vez contra a Argentina.

Atual treinador da Seleção, Carlo Ancelotti é o terceiro comandante do Brasil nesta edição das Eliminatórias e vai estar no comando na tentativa do Hexa na Copa do Mundo do ano que vem. O italiano assumiu na Data Fifa de junho e, desde então, esteve à beira do campo em quatro jogos da Amarelinha, com duas vitórias, um empate e uma derrota.

A Seleção largou na qualificatória com Fernando Diniz, que acumulou apenas seis jogos no cargo (da 1ª a 6ª rodada). Dorival Júnior assumiu na sequência e guiou o Brasil tanto na Copa América, caindo quartas de final, quanto nas oito partidas seguintes das Eliminatórias – até o compromisso 14. Ancelotti chegou em seguida.

 Diniz, Dorival e Ancelotti nas Eliminatórias

Resultados da Seleção nas Eliminatórias

1ª rodada: Brasil 5 x 1 Bolívia – Fernando Diniz
2ª rodada: Peru 0 x 1 Brasil – Fernando Diniz
3ª rodada: Brasil 1 x 1 Venezuela – Fernando Diniz
4ª rodada: Uruguai 2 x 0 Brasil – Fernando Diniz
5ª rodada: Colômbia 2 x 1 Brasil – Fernando Diniz
6ª rodada: Brasil 0 x 1 Argentina – Fernando Diniz
7ª rodada: Brasil 1 x 0 Equador – Dorival Júnior
8ª rodada: Paraguai 1 x 0 Brasil – Dorival Júnior
9ª rodada: Chile 1 x 2 Brasil – Dorival Júnior
10ª rodada: Brasil 4 x 0 Peru – Dorival Júnior
11ª rodada: Venezuela 1 x 1 Brasil – Dorival Júnior
12ª rodada: Brasil 1 x 1 Uruguai – Dorival Júnior
13ª rodada: Brasil 2 x 1 Colômbia – Dorival Júnior
14ª rodada: Argentina 4 x 1 Brasil – Dorival Júnior
15ª rodada: Equador 0 x 0 Brasil – Carlo Ancelotti
16ª rodada: Brasil 1 x 0 Paraguai – Carlo Ancelotti
17ª rodada: Brasil 3 x 0 Chile – Carlo Ancelotti
18ª rodada: Bolívia 1 x 0 Brasil – Carlo Ancelotti

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