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Para um Deus, o trono: idolatria é proporcional ao carinho com que Maradona trata clubes




Para um Deus, o trono: idolatria é proporcional ao carinho com que Maradona trata clubes - 1

Diego Armando Maradona recebeu o apelido de “La Mano de Dios” por marcar um gol irregular pela seleção argentina, contra a Inglaterra, nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986. Mas o que aconteceu nesta terça-feira, no estádio do Newell’s Old Boys, comprova mais uma vez que ele não tem apenas “a mão de Deus”. Para os argentinos, o ex-camisa 10 é Deus. E esta idolatria o coloca como uma figura a ser reverenciada em qualquer canto de seu país.

 

Diego Armando Maradona

 

Alguém pode se perguntar: mas por qual razão Maradona é tão amado se, por conta de sua vida controversa, não pode ser considerado um exemplo de conduta? A resposta é simples. Ele conquistou o imaginário do torcedor não apenas pelo talento, mas pelo carisma. Ao longo de sua carreira, por mais que tenha uma identificação com o Boca Juniors, jamais deixou de respeitar as camisas que vestiu, jamais deixou de defender com dignidade o clube que o abrigou, nos bons e nos maus momentos. E isso faz toda a diferença.

 

Newell

 

Maradona não é jogador de um time só. É jogador de um país inteiro. É jogador que entrou em campo não apenas por status ou estrelato, mas, sim, por prazer, para fazer aquilo que mais amava independentemente do que quem estava de fora viesse a pensar. O eterno ídolo argentino não apenas ganhou um Mundial praticamente sozinho, mas mostrou ao mundo como se representa uma nação inteira. Do Newell’s, mesmo sendo técnico do Gimnasia, ganhou um trono. Não pela sua rápida passagem por Rosario entre 1993 e 1994, mas pelo amor com que tratou as cores que são levadas dia a dia por uma fanática torcida. Isso é raro de ver, mas ao mesmo tempo é puro mérito. Um mérito para poucos, para deuses.

Fonte: 90min

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