Com um currículo de dar inveja para qualquer profissional do futebol, Pia Sundhage pode se orgulhar de já ter conquistado duas Copas do Mundo e já ter trabalhado à frente de sua Nacional, a Suécia. Apesar dos feitos espetaculares, a atual experiência na Seleção Brasileira já aparenta ter conquistado um lugar especial no coração da técnica, vista como uma das peças-chave para a revolução do futebol feminino tupiniquim.
Em entrevista coletiva concedida na última quarta-feira (27) – realizada para divulgação das convocadas para os amistosos de dezembro -, Pia ‘abriu o coração’. Fã confessa do futebol brasileiro e de Pelé, a treinadora admitiu se sentir como parte de algo muito grande ao estar à frente da Canarinho, especialmente em um ano como 2019, tão especial para a modalidade.
“Eu estou muito orgulhosa de estar aqui. Eu tenho muita sorte. Tem muita coisa acontecendo agora no futebol feminino. Esse ano foi algo realmente inovador. Se você falar sobre Inglaterra x Alemanha em Wembley [quase 80 mil presentes], é incrível, muita gente. Mas eu penso que quando a gente fala sobre futebol feminino, a gente tinha que estar no Brasil. Eu estou no lugar certo e na hora certa. Tem muita coisa que a gente pode fazer aqui”, afirmou.
Como destaca o Blog Dibradoras, o futebol feminino tem experimentado uma mudança de patamar neste ano, com mais exposição, audiência e arquibancadas preenchidas. No Brasil, tivemos quebra de recorde de público na decisão do Paulistão entre Corinthians e São Paulo, disputada no último dia 16. Para alavancar o crescimento da modalidade por aqui, Pia admitiu: sonha que o Brasil vença a disputa para ser sede da Copa do Mundo de 2023.
“Seria sensacional se a gente tivesse a Copa do Mundo feminina aqui. Aquela garotinha, aquele garotinho, teriam a chance de assistir ao mais alto nível do futebol feminino. Isso significa muito. Quando você fala de futebol no mundo inteiro, você fala do Brasil. Seria o momento perfeito para o futebol feminino se a Copa do Mundo fosse aqui”, concluiu.
Fonte: 90min