Entra ano, sai ano, e a Conmebol parece estar sempre de olho em alterações (nem sempre positivas) no formato/andamento de suas competições. Após as mudanças sacramentadas em 2018 – consolidando final em jogo único em campo neutro -, uma outra regra hoje válida na Copa Libertadores e na Sul-Americana já gera debate entre cartolas: o gol fora de casa como critério de desempate.
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Cartolas do futebol sul-americano, incluindo os brasileiros, são partidários da extinção da regra do gol qualificado. A CBF, por sinal tem feito pressão para a queda deste critério. O tema é bastante controverso e divide opiniões entre torcedores: alguns acham injusto que 0 a 0 e 1 a 1 seja favorável a um time específico, outros acreditam que deixar de premiar o gol fora de casa será a ‘pá de cal’ no futebol ofensivo. Por mais paradoxal que isso possa parecer, há um traço de razão nos dois jeitos de enxergar a situação.
Desde a implementação da regra do gol qualificado em mata-mata de Libertadores (2005), o torneio testemunhou uma queda considerável no número de eliminatórias decididas nas penalidades. Isso, no entanto, não significou mais bola na rede: a média de gols anotados nos mata-matas da principal competição continental diminuiu se comparado ao momento anterior, sem o gol qualificado. É ‘mito’, portanto, que a regra do gol fora implica maior ofensividade.
No debate entre o que é bonito e o que é justo, há uma insatisfação quase geral com o fato de um time avançar e outro ser eliminado mesmo com o agregado apontando igualdade entre eles. Essa situação, no fim das contas, parece ser a motivo norteador para uma mudança do regulamento: eliminatórias empatadas não deveriam ter um vencedor definido por regra.
Fonte: 90min
