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Regularidade e liderança técnica: será difícil repor a saída de João Paulo no Botafogo




Regularidade e liderança técnica: será difícil repor a saída de João Paulo no Botafogo - 1

O ano de 2019 do Botafogo é para se esquecer. O clube atingiu seu auge de dívidas e apresentou, talvez, o pior futebol ​que seu torcedor presenciou no século. Não fosse um bom começo de Brasileirão, com Eduardo Barroca no comando, o ​Glorioso provavelmente seria rebaixado.

 

Joao Paulo

 

No entanto, se teve algo de positivo no ano passado foi João Paulo. O meio-campista que ficou de fora de 2018 inteiro devido a uma séria lesão sofrida em uma entrada de Rildo no Campeonato Carioca, teve questionamentos da mídia se um dia voltaria a jogar futebol em alto nível. Embora tenha demorado para pegar o ritmo de novo, uma vez que engrenou e conseguiu uma sequência boa de jogos, o camisa 5 foi destaque em praticamente todas partidas do Alvinegro carioca.

Durante 2019, a regularidade de João Paulo chamou atenção. O jogador demonstrou uma raça incrível e determinação que comandava o meio-campo. Inclusive, tinha que compensar pela “falta de vontade” de outros atletas como Cícero, Bochecha e Alex Santana.

As estatísticas não contam a história certa a respeito de sua temporada. Nos quesitos assistência e gols, seus números não chamam atenção. No entanto, se for ver desarmes, passes certos, distância percorrida, entre outros aspectos que não recebem o mesmo destaque por não decidir jogos, João Paulo teve um ano de jogador de elite.

 

 

 

Por esse motivo ele recebeu propostas de clubes ao redor do mundo. Se o Botafogo estivesse em situação financeira melhor, provavelmente JP não deixaria o clube para ir para o Seattle Sounders, da MLS, ainda mais pelo baixo valor que saiu. E aqui cabe uma crítica ainda mais firme: impressionante como o Alvinegro não consegue vender seus atletas de forma valorizada. Foi assim com Igor Rabelo, Matheus Fernandes e Jonathan. A necessidade pelo dinheiro de imediato faz com que o clube precise vender suas joias, mesmo que saiba que o montante está muito abaixo do potencial de mercado dos próprios.

 

Joao Paulo

 

A ausência de João Paulo para 2020 será sentida, a questão é o quanto as novas peças contratadas para repor vão diminuir o efeito da perda. Thiaguinho mostra que pode jogar futebol, mas ainda comete erros infantis. Honda é um veterano que praticamente não atuou em 2019 e não se sabe ao certo o que esperar dele. Por último, o equatoriano Gabriel Cortez é uma aposta em um jovem com muito potencial, mas que ainda não foi lapidado. Futuro difícil de prever…

Fonte: 90min

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