Dezembro, fim de temporada. Mês de especulações, reformulações e, principalmente, reflexão. É hora dos dirigentes avaliarem erros, acertos e começarem a planejar 2020. E para saber o que funcionou e o que deixou a desejar, nada melhor do que uma retrospectiva do ano, não é mesmo? Então, confira a seguir um resumo do que aconteceu no 2019 do Vasco:
Contratações
Tentando driblar as dificuldades financeiras, o Cruzmaltino precisou ser criativo no mercado de janeiro, contratando atletas via empréstimo e buscando negociações com jogadores livres. Foi assim que Rossi, Yan Sasse, Ribamar, Lucas Mineiro, Cáceres, Cláudio Winck, Valdívia e Danilo Barcelos desembarcaram no Gigante da Colina. A contratação mais celebrada pela torcida no início da temporada 2019 foi a de Bruno César, que chegava com status de novo maestro e dono da camisa 10.
Expectativas criadas
Comandado por Alberto Valentim e com um elenco recheado de incógnitas – incluindo alguns remanescentes do terrível ano de 2018, em que o clube só escapou da queda na rodada final -, o Vasco da Gama apareceu, no início da temporada, entre os clubes cotados a ‘sofrer’ bastante em 2019. Vale lembrar que o ano do clube carioca começou bastante tumultuado no aspecto político, afinal, o processo eleitoral em 2018 foi recheado de polêmica e lacunas.
Campeonato Carioca
Aos trancos e barrancos, o Vasco da Gama fez um bom papel no Carioca: bateu o Fluminense na decisão da Taça Guanabara, garantindo classificação à grande final do Estadual. Valendo o título, acabou não sendo páreo para o arquirrival Flamengo, que venceu com tranquilidade as duas partidas derradeiras por 2 a 0. Apesar do resultado final não ter sido tão ruim, o nível de performances da equipe no torneio, sob o comando de Valentim, deixou a desejar e acendeu um sinal amarelo em São Januário.
Copas
Por ter terminado o Brasileirão 2018 em décimo sexto, o Vasco não se credenciou à disputa de nenhuma competição continental nesta temporada. Só com a Copa do Brasil de mata-mata para brigar, o clube carioca avançou das três primeiras fases com doses consideráveis de emoção, eliminando Juazeirense, Serra-ES e Avaí. Fez eliminatória equilibrada na quarta rodada, mas acabou sendo eliminado pelo Santos.
Parada da Copa América
Lembra do sinal amarelo que falamos anteriormente? Pois bem, a diretoria do Vasco precisou de apenas quatro rodadas do Brasileirão para transformá-la em vermelho: três derrotas e um empate nas primeiras quatro partidas culminaram na demissão de Valentim, substituído pelo veteraníssimo Luxemburgo, que estava fora do mercado desde 2017. A pausa em junho foi celebrada pelo novo treinador, que pôde conhecer melhor seu elenco, dar sua cara ao time e receber novos reforços como Marquinho, Richard e, posteriormente, Guarín e Felipe Ferreira. Luxa ainda teve muito mérito no monitoramento de garotos, pescando opções valiosas como Talles Magno nas categorias de base do clube.
Brasileirão
O Cruzmaltino figurava entre os últimos colocados nas primeiras rodadas e precisou iniciar, sob comando de Vanderlei, uma campanha de recuperação. Estancando a sangria defensiva e fortalecendo o meio-campo da equipe, por vezes atuando com quatro volantes no setor, o comandante deu uma nova cara ao time de São Januário. Diferentemente do drama de 2018, o risco de rebaixamento foi reduzido a zero com alguma antecedência, com o clube chegando a flertar com uma pré-Libertadores. Perdeu fôlego na reta final da competição, terminando com a décima segunda colocação.
Saldo final
Esportivamente e moralmente falando, foi um ano de retomada para o Vasco. É bem verdade que o clube carioca não chegou nem perto de brigar por um troféu, mas a construção de uma nova identidade e a capacidade de ser competitivo fizeram a diferença. A torcida cruzmaltina que há muito pedia uma ‘fagulha’ de esperança, comprou o barulho do clube e deu show nas arquibancadas e na associação em massa. Garantido na Sul-Americana, há um novo horizonte para o Gigante da Colina em 2020.
Fonte: 90min
