Em pleno ano de 2019, o São Paulo se viu ameaçado de ter suas contas bloqueadas por conta de uma dívida que se arrasta desde 2002. Naquele ano, o Soberano fechou a contratação do meia Ricardinho no arquirrival Corinthians, negociação bastante impactante à época. A passagem do camisa 10 pelo Morumbi, no entanto, não trouxe os frutos esportivos esperados e, pior: pesará nos cofres tricolores por um longo tempo.
Para conseguir tirar o camisa 10 do Parque São Jorge, o São Paulo contou com a ajuda de alguns investidores, crédito que acabou sendo posteriormente assumido pelas empresas RES Empreendimentos e Participações e Time Traveller Turismo. Acontece que o clube paulista jamais quitou os valores em aberto, culminando em uma ação judicial aberta em 2004, no valor de R$ 5 milhões. Este valor foi crescendo exponencialmente ao longo dos últimos anos, à medida que o Tricolor se defendia na Justiça e tentava recorrer da cobrança.
No final das contas, como destaca o UOL Esportes, o São Paulo esgotou todos os recursos e terminou derrotado na Justiça, no momento em que a execução já beirava os R$ 35 milhões (valores corrigidos + juros). Para não ter esteve montante bloqueado de suas contas de forma integral, a diretoria tricolor optou por abrir negociações a parte com as empresas citadas, costurando um acordo de quitação a longo prazo.
Ficou definido que o São Paulo pagará a quantia total de R$ 30 milhões, diluídos ao longo dos quatro próximos anos: uma entrada de R$ 200 mil e 46 parcelas mensais, daqui ao final de 2023. Desta forma, o próximo presidente do clube paulista, que assumirá em 2020, terá que arcar com essa renegociação até o final de seu mandato.
“Caso Ricardinho: São Paulo faz acordo para pagar R$ 30 milhões até 2023”. Como qualquer clube pode ser saudável financeiramente se precisa arcar em 2019 uma dívida feita em 2002?
— Fagner Morais (@fagnermorais) November 4, 2019
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Fonte: 90min