Futebol

Vendas “a mais” servem apenas para cobrir rombo em outras pastas do Flu




Vendas

Desde 2016, o Fluminense mudou o jeito de apresentar seus orçamentos, retratando melhor a realidade do clube. Desde então, a previsão de receitas e despesas ficou até mais conservadora em determinados casos. Só que, nos números de 2019, o Tricolor exagerou em questões como marketing, premiação e bilheteria. Assim, o fato de ter obtido mais dinheiro com negociações de atletas em relação ao projetado serviu apenas para fechar os números.

 

No início do ano, como destaca o ​Uolo Flu tinha como objetivo arrecadar apenas R$ 40 milhões com venda de jogadores. Só que conseguiu R$ 85,5 milhões (já contando os bônus da ida já sacramentada de João Pedro para o Watford). Isso, por óbvio, daria um respiro nas contas, se não fosse as outras áreas não atingirem as cifras aprovadas. As transações, assim, acabaram virando uma necessidade.

Joao Pedro

Em questões comerciais (patrocinador máster, propriedades de locais no uniforme etc), o clube não chegará nem perto do projetado. Se a estimativa era garimpar R$ 36 milhões, juntando tudo e diminuindo os gastos com permutas se alcançará cerca de R$ 8 milhões. Também existia a ideia de obter R$ 25,4 milhões com premiações de Campeonato Carioca, Copa Sul-Americana e Copa do Brasil, mas a arrecadação deste item foi de apenas R$ 16 milhões. No que se refere a bilheteria e programa de sócios, fica mais difícil calcular o total das receitas, mas o Flu não deve ganhar mais de R$ 7 milhões, sendo que a previsão inicial era de R$ 18,5 milhões.

Por outro lado, os custos com esportes olímpicos devem gerar um déficit de R$ 30 milhões até o final do ano, e as despesas processuais, orçadas em apenas R$ 6 milhões, já são quatro vezes maior levando em conta apenas os gastos com Wellington Nem e Unimed. Em resumo: como foi dito antes, as vendas, apenas, taparam buracos.

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Fonte: 90min

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