É bem verdade que a janela de transferências ainda não fechou, mas estamos na segunda semana do mês de janeiro e alguns clubes brasileiros já estão em contagem regressiva para seus primeiros compromissos ‘decisivos’ da temporada. Este é o exato caso do Fluminense, que estreia pela Copa Sul-Americana de 2020 no dia 4 de fevereiro. E como está o Tricolor Carioca restando 23 dias para este importante compromisso? Bem, os prognósticos não são os mais positivos para seu torcedor, ao menos até o momento.
Até aqui, o clube das Laranjeiras se despediu de mais de uma dúzia de atletas – incluindo baixas pesadas como as de Caio Henrique, Allan, Daniel e Yony González -, e acertou com exatos sete reforços: Caio Paulista, Felippe Cardoso, Yago Felipe, Henrique, Egídio, Hudson e Fernando Pacheco, que ainda não assinou contrato, mas está apalavrado com o clube. Nota-se uma mudança clara no padrão de aquisições estabelecido nas últimas temporadas, quando o Fluminense, por dificuldades financeiras, apelou aos garotos de sua base e empréstimos de ‘jovens desconhecidos’ para fechar seu elenco.
O que levanta preocupação não é a busca por veteranos em si, mas como que isso tende a cair, por características, em uma formação lenta, sem mobilidade. Daniel e Allan, os dois ‘motorzinhos’ do time em 2019, foram substituídos por Henrique, Hudson e Yago Felipe, que se unem à Yuri, Ganso e Nenê como opções para o setor de meio-campo. Há qualidade técnica neste grupo de atletas, mas será que consegue ser competitivo?
Além do envelhecimento do elenco, a escassez de opções para o ataque é o maior ‘sinal vermelho’ nas Laranjeiras. Ainda não há uma definição sobre a situação de Evanilson, João Pedro já rumou ao Watford (ING) e, neste momento, o centroavante número 1 da equipe tende a ser o recém-chegado Felippe Cardoso, que foi às redes somente duas vezes ao longo de toda a temporada passada.
Com um elenco enxuto, envelhecido e com carências evidentes em mais de uma posição/setor, Odair Hellmann certamente terá seu ‘repertório’ testado ao longo de 2020. E o torcedor tricolor, mais uma vez, precisará estar com os exames cardíacos em dia.
Fonte: 90min
