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Marisa sente o prejuízo de 670% no trimestre fiscal e fecha 90 lojas




Marisa sente o prejuízo de 670% no trimestre fiscal e fecha 90 lojas - 1

Na última sexta-feira (31), a diretoria das Lojas Marisa anunciou um plano de reestruturação para reduzir o endividamento da rede. A empresa divulgou os resultados financeiros não auditados do quarto trimestre de 2022, apresentando um prejuízo líquido de R$ 188,6 milhões — equivalente a uma piora de 670% em relação ao mesmo período de 2021.

Apesar de sua receita líquida ter crescido 10% ao longo de 2022, a Marisa terminou o ano com prejuízo de R$ 391 milhões. Dentre as medidas previstas no plano, está a capitalização de R$ 90 milhões por acionistas controladores na MPagamentos — seu braço financeiro que atua nos segmentos de crédito e financiamento.

Além disso, a varejista de moda anunciou medidas contábeis após a revisão de auditoria, como baixa de R$ 50 milhões em receita registrada de maneira equivocada e a reclassificação de R$ 48 milhões de despesas operacionais de curto prazo, também chamada opex, para investimentos de longo prazo, conhecidos como capex.


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No corte de gastos, o novo CEO da Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista, afirma que serão fechadas 90 das 334 lojas distribuídas no país. Para o Broadcast, Pinheiro afirma que “não se trata de cortar vendedor de lojas e, sim, fechar lojas deficitárias e realocar pessoas na medida do possível”.

Mudanças na diretoria

Nos últimos seis anos, as Lojas Marisa tiveram cinco presidentes diferentes. Antes mesmo da divulgação dos resultados financeiros, a varejista voltou a ser assunto no mercado corporativo devido à renúncia de Adalberto Pereira dos Santos à presidência da empresa e da saída de Marcelo Adriano Casarin como membro do conselho de administração.

A empresa elegeu como novo CEO, João Pinheiro Nogueira Batista, que também foi nomeado para ser o diretor de relações com investidores. Após os anúncios das demissões dos executivos e membros do conselho, as ações da Marisa registraram uma queda de mais de 30%.

Alguns especialistas afirmam que muitos diretores não querem continuar na empresa ou entrar para o conselhor, devido a situação crítica em que a varejista se encontra. Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos, afirma que o mercado não vê as constantes mudanças com bons olhos e acredita que esta pode ter sido agravada pela situação da Americanas.

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Fonte: Canaltech

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