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Prefeitura de SP recomenda uso de máscara para quem sair de casa




O prefeito de São Paulo,  Bruno Covas, assinou decreto, publicado hoje (16) no Diário Oficial, que recomenda o uso de máscaras de proteção facial todas as vezes em que alguém sair de casa. Em entrevista coletiva ao lado do governador de São Paulo, João Doria, o prefeito disse que a população, ao ir para as ruas, pode usar máscara caseira, feita com tecido, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde.  O objetivo é evitar a propagação do coronavírus.

“Estamos publicando hoje um decreto recomendando que todas as pessoas utilizem máscaras de proteção em seus deslocamentos, aquelas de pano, feitas em casa. Essas máscaras devem ser utilizadas todas as vezes em que vamos às ruas. A meta é proteger e evitar que, involuntariamente, pessoas assintomáticas, ou seja, que estão infectadas mas não têm nenhuma demonstração, possam transmitir o vírus. Usar máscara caseira também é uma atitude cidadã, de respeito ao próximo”, disse Covas.

Em outro decreto, também publicado nesta quinta-feira, o prefeito de São Paulo determinou que todos os hospitais da cidade, sejam eles filantrópicos, privados ou públicos, deverão fornecer informações sobre o total de leitos existentes em unidades de terapia intensiva (UTI) e o número de leitos ocupados. As informações devem ser repassadas diariamente para a prefeitura. A medida, segundo Covas, vai dar transparência à população, de forma que ela saiba a real situação enfrentada pelos hospitais.

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Prefeito de São Paulo, Bruno Covas quer estimular o uso de máscaras quando moradores saírem de casa    (Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil)

Durante a entrevista, o prefeito reconheceu que já há hospitais municipais na cidade com 100% de ocupação de leitos de UTI. “Nossa rede conta com mais de 60% da capacidade operacional ocupada. Estamos abrindo novos leitos todos os dias. Mas nada vai adiantar se as pessoas não conhecerem a realidade e colaborarem ficando em casa. Apesar do esforço da prefeitura em criar novas vagas e leitos de UTI, se as pessoas não colaborarem, não vamos dar conta”, disse Covas.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, nove dos 19 hospitais municipais foram referenciados para o tratamento da covid-19 [a doença provocada pelo coronavírus]. A maioria deles, disse, fica na periferia da capital. “Só temos um hospital aqui no centro, que é hospital pediátrico, o Menino Jesus, onde ontem tivemos a cura de um bebê, que estava com covid-19 na UTI. A média de ocupação dos leitos de UTI na cidade gira em torno de 65%. Algumas regiões estão menos pressionadas, como a região sul. A região em que temos hoje maior pressão sobre ocupação de leitos é a zona leste. Nos hospitais Tide Setubal e o de São Miguel já chegamos ao limite de vagas ocupadas, além do hospital de Cidade Tiradentes e de Ermelino Matarazzo, a mesma coisa”, explicou ele.

Enterros

Outro decreto – publicado hoje no Diário Oficial – trata da criação de um grupo para planejar, acompanhar e articular ações relacionadas a óbitos e enterros na capital paulista. O grupo será formado por representantes das secretarias municipais de Justiça, Segurança Pública e Saúde e eles vão determinar ações para agilizar os procedimentos preparatórios de sepultamentos.

“Estamos criando um comitê intersecretarial de contingência funerária. Vamos colocar juntos os órgão da segurança, da saúde e de outros departamentos da prefeitura para tomar uma série de medidas para agilizar processos e organizar a estrutura. Vamos fazer tudo o que for possível para que não tenhamos as cenas lamentáveis que vimos pelo mundo”, afirmou.

Covas informou ainda que assinou também outro decreto que determina ponto facultativo na próxima segunda-feira (20 de abril), véspera do feriado de Tiradentes.

Ontem (16), foi publicado no Diário Oficial um decreto que prevê o funcionamento dos serviços considerados essenciais em diferentes horários, de forma a prevenir a formação de aglomeração principalmente no transporte público.

“O decreto estimula o escalonamento dos horários de abertura dos serviços essenciais e das atividades comerciais que já estavam liberadas. Os estabelecimentos devem abrir ou até as 6h da manhã ou depois das 11h da manhã. O objetivo é diminuir a concentração de pessoas no transporte público nos horários de ida e de volta do trabalho. Queremos evitar os horários de pico e diminuir ainda mais o número de pessoas nas ruas”, finalizou o prefeito.

Fonte: Agência Brasil

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