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Calor extremo na Flórida ameaça vida de corais no oceano




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Já é sabido que o planeta sofre atualmente com o calor extremo. E um dos lugares mais afetados tem sido a Flórida, nos EUA. A temperatura no arquipélago Florida Keys está tão alta que ameaça a vida dos corais no oceano, por isso cientistas passaram a remover amostras desses animais para colocar em tanques mais frios.

Os corais podem sobreviver rotineiramente a temperaturas do mar entre 21 a 28,8°C, mas o oceano da Flórida chegou a alcançar 32,2°C vários dias no início deste mês. Na segunda-feira (31), atingiram um recorde de 38ºC — alguns especialistas descrevem como o pior cenário já presenciado por eles, nesse sentido.

Para garantir a sobrevivência da vida marinha, o grupo sem fins lucrativos Coral Restoration Foundation vem coletando amostras de cepas genéticas de corais e colocando em instalações onde os parâmetros da água podem ser controlados e protegidos.


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Em comunicado, a fundação afirma que a água quente não é boa para nenhum organismo marinho, então corremos o risco de uma grande mortalidade de peixes, tartarugas marinhas e outros animais.

Oceano quente mata corais na Flórida

Os cientistas observaram o branqueamento e até a morte em alguns dos recifes mais resistentes de Florida Keys, que também funciona como o lar de milhões de algas e outros organismos minúsculos.

Na prática, o branqueamento ocorre quando os corais expelem algas, perdem sua cor vibrante e enfraquecem quando a temperatura da água excede aproximadamente 35°C.

Normalmente, o pico de branqueamento ocorre no final de agosto ou setembro, mas especialistas dizem que está ocorrendo muito mais cedo do que o esperado este ano, justamente por causa do aumento da temperatura da água, o que tem sido sinônimo de muita preocupação.

Onda de calor

O calor tem sido tão intenso, que 2023 pode ser o ano mais quente da história. A primeira semana de julho entrou para os recordes como a mais quente desde o século XIX.

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Calor extremo na Flórida ameaça vida dos corais no oceano (Imagem: Sandsun/Envato Elements)

O dia 3 de julho começou batendo recordes, mas o dia mais quente acabou sendo o quinto do mês, com média de 17,23ºC. O último recorde havia sido quebrado em 2016, com 16,80ºC. As mudanças climáticas — causadas, principalmente, pelo ser humano — são as grandes responsáveis por esse aquecimento.

Os especialistas dizem que existem saídas para diminuir o número de mortes causadas pelo calor intenso. Entre as preparações que os países podem adotar está, principalmente, a adaptação de espaços urbanos para torná-los mais frescos.

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Fonte: Canaltech

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